O volume de empregos na indústria do Paraná cresceu 0,6% em junho, na comparação com o mesmo mês de 2012, e registra resultados positivos por 21 meses consecutivos de acordo com a Pesquisa Industrial Mensal de Emprego e Salário (Pimes). Divulgada na sexta-feira (09) pelo Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE), a pesquisa mostra que do total de empregos criados no parque industrial paranaense 91% foram no Interior.
A pesquisa do IBGE mostra que o Paraná segue tendência contrária à do País, que apresentou queda de 0,4% no nível de empregos industriais em junho. Para a economista Ana Silvia Franco, do Instituto Paranaense de Desenvolvimento Econômico e Social (Ipardes), a política do Governo do Estado de incentivo a investimentos manteve o bom desempenho na geração de empregos industriais. “Pelo 21.º mês consecutivo foi registrado índice positivo, ao contrário da média nacional, que obteve índices negativos no mesmo período”, afirma.
O Paraná registrou o segundo maior crescimento apurado no País, atrás apenas de Santa Catarina (1,4%). Nove dos 14 locais pesquisados apontaram retração. O bom resultado paranaense foi influenciado pelos ramos têxtil (13,7%), máquinas e equipamentos (4,8%), alimentos e bebidas (3,6%) e papel e gráfica (3,5%).
Em relação ao incremento do valor da folha de pagamento real (descontada a inflação), na comparação entre junho deste ano e do ano passado, o Estado alcançou resultado acima da média nacional. A elevação chegou a 2,6%, ante aumento de 2,3% para o Brasil. As principais contribuições vieram dos setores têxtil (16,8%), minerais não metálicos (7,3%), máquinas e aparelhos elétricos e eletrônicos (7,2%), fumo (6,0%) e papel e gráfica (5,3%). Em horas pagas, a indústria paranaense apresentou queda de 0,9%, contra retração de 0,4% no País.
ACUMULADOS
No acumulado do primeiro semestre de 2013, o nível de emprego no Paraná apresentou crescimento de 1,1%, diante da retração de 0,7% para o Brasil. Apenas Santa Catarina (1%), Minas Gerais (0,1%) e região Norte e Centro-Oeste (0,5%) tiveram alta.
Em relação à folha de salários reais, o setor fabril paranaense avançou 2,6%, contra elevação de 2,7% na média nacional. Em horas pagas, a indústria paranaense assinalou acréscimo de 0,3% no acumulado deste ano, frente queda de 0,9% para o País.
Em doze meses encerrados em junho, a indústria do Estado se manteve no topo do ranking nacional, com expansão de 1,1% do contingente ocupado. “Na contramão da indústria paranaense, o parque fabril nacional desacelerou no mesmo percentual”, afirma Ana Silvia. O volume de salários reais cresceu 5,6%, frente aumento de 3,8% para o Brasil.
Em relação ao número de horas trabalhadas, o Paraná registrou incremento de 0,2%, diante recuo de 1,4% para a média nacional, em 12 meses.
As atividades que apresentaram melhor desempenho na geração de empregos foram fumo, têxtil, fumo, máquinas e aparelhos elétricos e eletrônicos, produtos químicos e alimentos e bebidas.
Segundo o Cadastro Geral de Empregados e Desempregados (Caged) do Ministério do Trabalho em Emprego (MTE), o Paraná foi responsável por 11,6% dos empregos líquidos, com carteira assinada, da indústria de transformação (mais nobres, com maior remuneração) gerados no Brasil, nos 12 meses anteriores a junho.
O Paraná manteve o quarto lugar no ranking nacional, atrás apenas de Rio Grande do Sul, Santa Catarina e Minas Gerais, que representaram 19,7%, 15,4% e 15,2% respectivamente, do total de postos criados, no mesmo período.
Em relação ao primeiro semestre de 2013, o interior do Estado foi responsável por 90% dos empregos formais. “Nesse panorama, ressalta-se a influência positiva da política de atração de investimentos e da valorização do setor produtivo pelo Estado, além das obras de restauração e ampliação da infraestrutura”, analisa Ana Maria.