Paraná busca solução para destinação de produtos pós-consumo

Lâmpadas, vidros, pneus e restos da construção civil foram apontados por representantes das 86 maiores cidades do Paraná como os resíduos de descarte sustentável mais difícil. Todo o Estado produz 5 mil toneladas de pneus descartados por mês e mais de 300 mil lâmpadas aguardam destinação.
Os dados foram divulgados, nesta semana durante a reunião do R20 – grupo criado pela Secretaria do Meio Ambiente e Recursos Hídricos – que reúne gestores municipais das cidades responsáveis por 90% dos resíduos gerados no Paraná. O grupo busca soluções para separação, coleta, transporte e destinação final de diversos tipos de materiais descartados.
RESPONSABILIDADE
O processo faz parte da logística reversa dos produtos – medida prevista na Lei Nacional de Resíduos Sólidos (12.305/2010) e que responsabiliza fabricantes e importadores pela destinação adequada dos resíduos de seus produtos. Isso inclui embalagens, vidros, metais, pilhas, baterias, eletroeletrônicos, isopor, embalagens tetra pak e de refrigerantes.
O coordenador do Programa Paraná Sem Lixões, Laerty Dudas, explica que os municípios não podem usar recursos públicos para campanhas e ações de destinação de resíduos gerados por empresas privadas. “Criamos o R20 para ajudar os municípios a levantar onde está o problema e convocar as indústrias para cumprirem seu papel”, afirmou Dudas.
A Secretaria do Meio Ambiente convocou para a reunião do R20 representantes da Associação Brasileira da Indústria de Higiene Pessoal, Perfumaria e Cosméticos (Abihpec), da Reciclanip – entidade que representa os fabricantes de pneus novos Bridgestone, Goodyear, Michelin, Pirelli e Continental; Associação Brasileira da Indústria da Iluminação (Abir) e Sindicato Nacional das Empresas Distribuidoras de Combustíveis e Lubrificantes (Sindicom), que representa nove fabricantes e 80% da produção no Brasil.