A maioria dos comerciantes curitibanos (66%) ouvidos pelo Instituto Datacenso em pesquisa para a Associação Comercial do Paraná (ACP), alimenta a expectativa do crescimento de vendas no final do ano, em comparação com período igual do ano passado.
As razões estão no recebimento do 13.º salário, férias e desempenho geral da economia. A pesquisa mostrou que dentre os 200 comerciantes entrevistados 20% acham que as vendas serão iguais, 8% disseram que serão inferiores, mas permanecem indefinidas para a minoria de 7%.
Os segmentos otimistas do comércio com o movimento de vendas no final do ano revelam que “no Natal sempre se vende mais, porque as pessoas também gastam mais”, sendo essa a principal razão para 24% dos entrevistados pelo Datacenso. Em segundo lugar (20%) ficou a opção por novas coleções e variedade de escolha de mercadorias com maior poder de atração sobre consumidores. Entretanto, para 14% dos comerciantes a expectativa favorável decorre da fixação de metas de superação do desempenho do ano anterior.
Aumentos mensais
“Tendo em vista que ao longo desse ano as vendas vêm registrando aumentos mensais”, segundo o economista Cláudio Shimoyama, coordenador da pesquisa, “a maioria dos comerciantes acredita que as vendas serão maiores que no ano passado, estimando-se um índice de expansão da ordem de 15%”.
Promoções, campanhas especiais, propaganda, panfletagem, eventos em lojas ou mesmo a utilização das redes sociais, foram itens citados por 5% dos comerciantes como pontos de reforço para a melhor movimentação do estoque de final de ano.
A pesquisa entrevistou também 200 consumidores, concluindo que 65% deles pretendem comprar mais que no mesmo período de 2012, repetindo as razões declinadas pelos comerciantes: 13º salário, férias e perspectiva favorável da economia. Contudo, 19% dos consumidores pretendem comprar menos que no ano passado, sendo que 10% informaram a opção de manter o mesmo nível de gastos do ano anterior e 6% ainda não sabem como devem proceder.
Entre os curitibanos que planejam gastar mais com presentes natalinos 48% vão brindar familiares ou pessoas mais chegadas, 12% pretendem adquirir notebooks, celulares ou tablets e, em escala decrescente, há os que preferem viajar, comprar bens de consumo durável, reformar a casa, trocar os móveis e até para o carro e/ou moto novos.
Índice de confiança
O Instituto Datacenso mediu também o Índice de Confiança do Empresário do Comércio de Curitiba (ICECC), que em junho passado havia chegado a 148 pontos numa escala de zero a 200. O índice médio do 1º trimestre foi de 138 pontos e de 146 no período seguinte, ficando em 142 pontos a média do 1º semestre.
No mês de julho, o ICECC teve pequeno crescimento de três pontos e passou para 151 pontos, “demonstrando que em relação à economia o comerciante curitibano continua otimista a curto e longo prazo, tendo em vista que o índice de julho superou em nove pontos a média semestral”, lembrou Shimoyama.