A primeira brasileira eleita ao Parlamento Italiano será empossada nesta terça-feira (12 de março) em Roma. A deputada Renata Bueno conseguiu mais de 18 mil votos nas urnas e conquistou a terceira das quatro vagas disponíveis para representantes da América Latina. Além de brasileira, Renata se destaca por ser jovem, com apenas 33 anos. “A eleição foi um desafio interessante com uma campanha intensa e rápida. Atendi o convite no dia 20 de dezembro passado e começamos a trabalhar do zero. Apresentei ao PPS a intenção e o partido me deu apoio”, afirmou.
No início do ano, Renata visitou países da América do Sul, os estados de Santa Catarina, Rio Grande do Sul, Minas Gerais, Espírito Santo e municípios do interior do Paraná. Além dela, o Brasil elegeu também para deputado Fabio Porta. A Itália conta com 16 deputados originários de outros países. “A maior comunidade italiana fora do país está no Brasil. É uma grande conquista. Nosso mandato será dedicado aos brasileiros. Conhecemos as necessidades. A questão da cidadania é a n° 1. O Brasil tem muita referência no mundo e precisa ser representado”, diz, citando também que uma das importantes propostas é reformar as estruturas consulares.
Trajetória
Filha do deputado federal Rubens Bueno, Renata começou a se dedicar a Itália ainda quando era vereadora de Curitiba. “Pude aprender muito na Câmara Municipal. Foram quatro anos em que já desenvolvia atividades com a comunidade italiana.”, disse a ex-vereadora, uma das idealizadoras do Grupo Parlamentar Curitiba-Itália da Câmara Municipal, que pretende desenvolver e incentivar as relações bilaterais entre o parlamento e as municipalidades italianas.
Contato constante
Renata também declarou que sua ligação com o Brasil será ainda maior. Segundo ela, o país apresentou uma importante base, que deve ser correspondida. “Existem lugares no Brasil com um grande contato com a Itália, que cobram a nossa representação. Sempre estaremos no país. Uma das principais reclamações é que alguns parlamentares se elegem e depois não aparecem mais nos seus países de origem. Vamos mudar isso”, afirmou.
))) André Molina
