O cálculo renal, conhecido popularmente como pedra nos rins, é formado por cristais compostos por vários minerais alojados nos rins. Essas cristalizações podem migrar pelas vias urinárias causando muita dor e complicações, ou permanecem silenciosas por anos e se deslocam a caminho da bexiga sendo eliminadas pela urina. Segundo o urologista da unidade Jabaquara do Hospital São Luiz, Ricardo de la Roca, a ingestão de líquidos pode auxiliar no tratamento do cálculo. “Por vivermos em um país tropical, o consumo de líquidos deve ser constante, com água, chá e sucos”, explica o especialista.
A alimentação também é muito importante para a dissolução das pedras, principalmente em pacientes com altos índices de ácido úrico na urina, pois eles estão no grupo de riscos da doença. “Carne vermelha, peixes e frutos do mar, alimentos ricos em proteína como nozes, feijão e grão de bico são verdadeiros venenos, principalmente para que tem ácido úrico, eles aumentam significativamente os riscos de pedra nos rins”, conta Dr. Ricardo.
A patologia é mais prevalente no homem por fatores hormonais, constituição óssea maior, além de obesidade, sedentarismo, maior consumo de alimentos ricos em cálcio e proteínas. Já na mulher a probabilidade de formar cálculos aumenta com a chegada da menopausa. Segundo o Ambulatório de Litíase (cálculo) Renal do Centro de Referência da Saúde do Homem, da Secretaria da Saúde do governo paulista, 15% da população sofre com a doença. “O tratamento depende do tamanho, da composição química e da localização do cálculo, podendo ser apenas um acompanhamento clínico, com uso de medicação ou até mesmo realização de uma cirurgia”, complementa o especialista.