Tabagismo aumenta risco de ter hérnia de disco e dores na coluna

Segundo a Organização Mundial da Saúde (OMS), cerca de um terço da população mundial é fumante, sendo que cinco milhões morrem por ano em consequência do uso do cigarro. No Brasil, de acordo com o Instituto Nacional de Câncer (Inca), o número de pessoas que fumam chega a quase 32 milhões. O cigarro costuma sempre ser citado como fonte de doenças respiratórias, do coração e câncer. Mas o que poucos sabem é que o vício também pode causar o aparecimento de hérnia de disco e de dores nas costas.
“A fumaça do cigarro diminui a circulação sanguínea nos platôs do disco invertebral, que são os amortecedores naturais da coluna, evitando que os nutrientes cheguem ao seu destino. Com isso, o disco resseca e se desgasta mais facilmente, chegando a rachar e causando a hérnia de disco”, explica o fisioterapeuta Dr. Giuliano Martins, diretor regional da ABRColuna e do ITC Vertebral Curitiba. Segundo ele, o problema é progressivo. “Quanto antes o indivíduo começar a fumar, maiores são as chances de desenvolver a hérnia. Os sintomas iniciais são as dores nas costas e um leve inchaço no local, que pode progredir.”
O especialista explica que todo o corpo sofre um desgaste natural a partir dos 35 anos, aumentando com o passar do tempo. Não são somente os fumantes que correm riscos, o envelhecimento do organismo pode ser agravado ou problemático em pessoas obesas, sedentárias, com heranças genéticas para algumas doenças e aqueles que não cuidam da postura no trabalho e no lazer.