Apesar do câncer não ser uma doença que aparece no topo da lista das que mais matam no Brasil, ainda é uma doença que assusta muito, não só o paciente, mas também seus familiares. “Quando a doença é diagnosticada, desperta nas pessoas, um sentimento de apenas pensar no tempo de vida, reduzindo então a qualidade de vida, não só do paciente quanto de seus familiares”, explica o oncologista Fabricio Martinelli. Por isso, a participação e orientação da equipe médica se faz necessária, e é fundamental para que o paciente e seus familiares aceitem o tratamento e com ele, às vezes, as reações.
Segundo Martinelli, o médico tem a obrigação de conhecer e determinar o melhor tratamento ao paciente, mas não pode, em hipótese alguma, pensar apenas na doença e não em seu paciente. “O médico não pode ser um especialista frio e impessoal”, explica.
Agora muito se fala da humanização nos tratamentos hospitalares. Essa humanização deve ser pautada no contato humano, sem juízo de valores. “Não podemos apenas ter toda a tecnologia, tratamentos de ponta, se não contemplarmos na integralidade o ser humano”, afirma Martinelli. Segundo o médico, não existe paciente complicado, ou família difícil de lidar no diagnóstico do câncer.
“Caso o paciente não confie no tratamento, ou a família se sinta insegura, embora seja difícil de aceitar, isso é resultado da falta de competência médica que não soube conduzir o diagnóstico e prognóstico com atitude correta”, finaliza.
Hoje são inúmeros os tratamentos para o câncer no Brasil, mas também são inúmeras as reações que cada tratamento traz ao paciente. É papel do médico estar presente e orientar todos os passos do tratamento, sanando as dúvidas e orientando passo a passo o tratamento.