Os chanceleres do Brasil, da Alemanha, do Japão e da Índia criticaram em Nova York, o atraso da reforma do Conselho de Segurança das Nações Unidas. Os ministros das Relações Exteriores do Brasil, Luiz Alberto Figueiredo Machado; da Alemanha, Guido Westerwelle; do Japão, Fumio Kishida; e da Índia, Salman Khurshid, reafirmaram compromisso como aspirantes a membros permanentes no Conselho de Segurança e o apoio à candidatura de cada um aos demais.
Os quatro países formam o G4, que tem o objetivo de conquistar assento permanente no conselho. A proposta é expandir o número de membros permanentes de cinco para dez, com a entrada dos quatro e mais uma nação da África. Único órgão do sistema internacional capaz de adotar decisões obrigatórias para todos os países integrantes da ONU, podendo, inclusive, autorizar intervenção militar para garantir a execução de suas resoluções, o conselho é composto por cinco membros permanentes – Estados Unidos, Reino Unido, França, Rússia e China – e dez rotativos, trocados a cada dois anos.
O voto negativo de um membro permanente configura veto a uma eventual resolução do conselho, o que eleva a importância do assento permanente. Fundado em 1946, o Conselho deixou de fora duas grandes potências, Alemanha e Japão, por terem sido derrotadas na 2ª GM, aumentando o desequilíbrio de forças internacional.
Os chanceleres ressaltaram a importância de países em desenvolvimento serem representados tanto como membros permanentes quanto como rotativos.