Nova oposição
Nesta semana, os partidos PPS e PMN decidiram promover fusão com objetivo de formar uma nova força de oposição ao governo Dilma. Com a união das duas legendas, o novo grupo político surge com 13 deputados federais, 58 estaduais, 147 prefeitos e 2.527 vereadores. Em todo o Brasil são 683.420 filiados. O nome do novo partido é MD (Mobilização Democrática).
Migração partidária
Já em 2014, o MD poderá sustentar a candidatura de Eduardo Campos (PSB) à presidência da República. Como é um novo partido será opção para abrigar mandatários insatisfeitos com suas legendas de origem sem esbarrar na lei da fidelidade partidária. A expectativa é de que filie deputados federais que não concordam com a conduta de seus partidos. É o caso de diversos membros do PSD, simpáticos à candidatura de Campos. Eles não se sentem confortável na base de Dilma.
Portabilidade
Ao promover uma filiação em massa de deputados federais, o MD poderá ser beneficiado pela portabilidade, que consiste no recebimento de fundo partidário e tempo de televisão em relação a cada deputado federal filiado. No Congresso, a base do governo luta contra a possibilidade.
Esvaziamento
Não é só o PSD que pode sofrer um grande esvaziamento. Há quem queira deixar o DEM e, até mesmo, partidos governistas. Segundo o presidente nacional do PPS, deputado Roberto Freire, “vereadores, prefeitos, deputados estaduais e deputados federais já manifestaram interesse na nova legenda”.
Contra-ataque
A estratégia do MD foi semelhante a utilizada por Gilberto Kassab, quando criou o PSD, que do dia para a noite se tornou a terceira força partidária do país. No início não se declarou de oposição ou situação. Em seguida, migrou para a base da presidente Dilma Rousseff (PT).
Outras forças
O surgimento do MD é bem visto por algumas lideranças nacionais de oposição. É o caso do tucano José Serra, que sonha ser novamente candidato à presidência da República.