A hipersensibilidade ao calor pode se manifestar de diversas formas, mas a manifestação mais frequente é causada pela sudâmina ou miliária – em que a pele apresenta um aspecto áspero e avermelhado, muito comum em bebês e na região das dobras, explica a médica alergista Adriana Vidal Schmidt. “Já a verdadeira alergia ao calor pode se manifestar como uma urticária física – quando placas avermelhadas e pruriginosas ocorrem no contato com o calor ou em locais que foram expostos ao sol”, relata. O termo médico mais utilizado para caracterizar a alergia ao sol é Eritema Polimorfo a Luz (EPL).
Outra patologia bastante comum do espectro das alergias é a urticária colinérgica. Ocorre quando a pessoa ao entrar em contato com o calor e, especialmente após atividades físicas, começa a perceber o surgimento de pápulas pruriginosas (pequenas elevações na pele), que se desenvolvem principalmente no abdômen e tronco, cedendo pouco tempo depois. “Só há necessidade de tratamento quando estes sintomas são muito frequentes ou incomodativos”, afirma a médica. Evitar locais quentes e abafados é uma orientação para quem desenvolve esse tipo de alergia. Agora no verão, o ideal é ter sempre que possível um borrifador de água, além de usar hidratantes suaves e cremes anti-inflamatórios para coibir a irritação, comenta Adriana Schmidt.
“Nos casos de urticária, o paciente pode utilizar medicamentos que bloqueiem a reação, eliminando o desconforto”, pontua.
Atualmente, existem sprays com água termal que além de efeito refrescante, têm propriedades calmantes e anti-irritantes e são extremamente práticos. “No caso de indivíduos de pele clara, a orientação é se exporem ao sol de maneira gradativa, aumentando o tempo de exposição lentamente a cada dia”, finaliza a médica.