Fraqueza, náuseas, vômitos, diarreia, dor de barriga, sudorese, taquicardia, dor de cabeça e sensação de desmaio são alguns sintomas da Síndrome de Dumping – caracterizada pela rápida passagem dos alimentos do estômago para o intestino. De acordo com a nutricionista Maria Paula Carlini Cambi, a síndrome, que não tem cura, ocorre em pacientes que passaram pela cirurgia bariátrica, principalmente, por causa da ingestão da sacarose. “Nem todos desenvolvem a Síndrome de Dumping e, para evitá-la, é importante não consumir doces nos primeiros seis meses do pós-operatório”, recomenda.
A nutricionista, que faz parte da equipe multidisciplinar do Dr. Giorgio Baretta, explica que a Síndrome de Dumping gera uma alteração física da função de armazenamento. “Como resposta a essa alteração ocorre um rápido esvaziamento gástrico, que pode causar dor abdominal, sudorese e outros sintomas do Dumping, e acelerar a absorção da glicose, principalmente após ingerir carboidratos e alimentos com muito açúcar, como os doces e refrigerantes.”
A Síndrome de Dumping pode ser precoce, quando acontece logo após a ingestão da sacarose, ou tardia, de três a quatro horas após o consumo. “Alguns alimentos, que costumam ser os preferidos dos pacientes, precisam ser evitados: os gordurosos, como o chocolate, que também contêm açúcar, e os ricos em carboidratos, como pães, arroz e massas”, orienta a nutricionista Maria Paula.
Mesmo após a cirurgia, lembra a nutricionista Maria Paula, o estômago continua a ser um órgão elástico e pode aumentar de tamanho. “Essa elasticidade pode facilitar a vontade de comer mais. Por isso, é fundamental fazer uma reeducação dos hábitos alimentares, acompanhada por nutricionista, e praticar atividade física regularmente”, considera. “Também é necessário o acompanhamento de uma equipe multidisciplinar, tanto no pré como no pós-operatório, pois o paciente precisa receber orientação para que tenha consciência dos cuidados especiais que deverá seguir ao longo da sua recuperação”, afirma.