Azeite de oliva pode reduzir doenças cardiovasculares em 30%, diz pesquisa

Símbolo da culinária mediterrânea, o azeite, além de dar sabor e tempero aos pratos, pode ser um grande aliado na redução de doenças cardiovasculares em até 30%, de acordo com uma pesquisa apresentada nesta segunda-feira pela especialista Joima Panisello na primeira palestra do Plano de Promoção do Azeite no Brasil, realizada pela embaixada da Espanha.
“O azeite é um alimento milenar e que as pessoas não imaginam que pode ser incorporado no dia a dia. Ele ajuda na redução das doenças cardiovasculares, diabetes, depressão e câncer de próstata, de colo e mama”, explicou a médica e responsável pela Unidade de lipídios da Policlínica Sant Carlos, Joima Panisello.
A pesquisa identificou o consumo do azeite como um desafio alimentar e, por isso, 15 institutos espanhóis de ciências da saúde reuniram 7.500 pessoas saudáveis, mas com risco de doenças, para testar diferentes tipos de azeite e ver qual o de melhor potencial nutritivo.
Durante três meses, os participantes modificaram a alimentação e o resultado foi a redução das taxas de colesterol, açúcar e hipertensão. No Brasil, esta noção pode ajudar na mudança dos 80,1% de mortes causadas por doenças cardiovasculares, câncer e diabetes, por isso foi organizado o plano de promoção do azeite, em primeiro lugar com estudantes e professores da área da saúde em São Paulo para que este alimento seja agregado à dieta dos brasileiros.
No caso da Espanha, que responde por cerca de 60% da produção mundial de azeite de oliva, segundo dados do Conselho Oleícola Internacional (COI), o produto é um dos principais componentes da dieta mediterrânea e tem diversas qualidades. “Para a saúde, o melhor tipo de azeite é o virgem ou extra-virgem, que está associado ao modo de extração e produção, que garante a pureza do líquido”, declarou Joima.