Na tentativa de incrementar as relações com a Finlândia, o ministro das Relações Exteriores, Antonio Patriota esteve em Helsinque, capital do país. Na pauta com autoridades locais estavam discussões como a ampliação do comércio bilateral, das vagas para o Programa Ciência sem Fronteira e a execução de propostas relativas à ciência, inovação e pesquisa. Patriota tem reuniões agendadas com o presidente finlandês, Sauli Niinisto, e ministros.
A Finlândia, na Europa, é um dos países mais desenvolvidos, na área social, do mundo. Com pouco mais de 5,3 milhões de habitantes, os índices que medem a qualidade de vida colocam a Finlândia como referência internacional. O ensino é considerado de elevado nível e há cursos universitários em inglês, daí o interesse do governo brasileiro em negociar a ampliação de vagas para o Ciência sem Fronteira.
Um grupo de 44 estudantes brasileiros já passou pela Finlândia e, nos próximos meses, 56 chegarão ao país para aperfeiçoarem os estudos. Paralelamente, os finlandeses demonstraram interesse em incrementar as relações não só com o Brasil como, também, com a China e com a Índia, cujas economias apresentaram crescimento.
De acordo com especialistas, as autoridades finlandesas e brasileiras têm vários aspectos comuns, principalmente nas negociações em âmbito internacional. Ambos defendem a busca do consenso por intermédio do diálogo e do acordo. A Finlândia, na sua Constituição, defende a chamada neutralidade, tanto é que não participa da Organização do Tratado do Atlântico Norte (Otan), que costuma ser acionada para intervenções em vários locais.
No campo econômico, empresas finlandesas, como a Nokia, tem uma fábrica de aparelhos celulares instalada na Zona Franca de Manaus (AM) e o Brasil representa seu sexto maior mercado. Os investidores finlandeses demonstram interesse em participar, também, das obras de modernização dos portos, do setor naval e da área de papel e celulose. A Finlândia espera receber, até 2020, investimentos estrangeiros que somam 30 bilhões de euros.