Bancários de Curitiba e região entram em greve nesta terça, 30

Hoje tem início a greve da categoria bancária em todo o país, aprovada por tempo indeterminado em assembleia realizada na última quinta-feira, 25. A mobilização, que integra o movimento nacional, inclui a paralisação de agências bancárias e centros administrativos da capital e dos municípios da região metropolitana.
No último sábado, uma rodada de negociação foi realizada entre o Comando Nacional dos Bancários, que representa os trabalhadores, e a Fenaban, representante dos bancos. A Fenaban apresentou uma nova proposta econômica, com pouco avanço, de 7,35% de reajuste nos salários e benefícios, e de 8% de reajuste nos pisos. As cláusulas sociais não foram abordadas. O Comando Nacional orienta pelo fortalecimento da mobilização e as assembleias que serão realizadas nesta segunda-feira, 29, são de organização do movimento.
Apesar de alguns avanços propostos nas rodadas de negociação, que tiveram início no dia 19 de agosto, os bancos não atendem reivindicações que proporcionem mais segurança para bancários e clientes, não admitem a existência de metas abusivas e assédio moral e não consideram debater o fim das demissões e da rotatividade.
A Contraf informou que está organizando, para quinta-feira (2), atos em frente à sede e às representações do Banco Central em todo o país. De acordo com a Contraf, esses atos serão também em protesto contra as propostas de independência do Banco Central e em defesa do fortalecimento do papel dos bancos públicos.
Cordeiro explica que a autonomia do BC, na forma como tem sido defendida por candidatos à Presidência da República e por seus assessores, são “bandeiras dos bancos privados e da Fenaban”.
Para ele, o Banco Central já desfruta de autonomia , e sua “independência formal” significa “entregar a condução da política macroeconômica do país ao mercado financeiro, roubando uma atribuição constitucional dos governos democraticamente eleitos pela população”.

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