A Secretaria Municipal da Saúde confirmou esta semana o caso de um morcego infectado pelo vírus da raiva em Curitiba. O animal foi encontrado no interior de uma loja, na região central da cidade. A Unidade de Vigilância de Zoonoses (UVZ) – antigo Centro de Controle de Zoonoses (CCZ) – foi acionada para fazer a coleta e o monitoramento do animal até a conclusão de todos os exames.
A Secretaria reforça o alerta para que, se alguém teve contato com morcego na região central, acione imediatamente a Prefeitura de Curitiba, através do telefone 156.
O morcego insetívoro (não hematófago) foi recolhido pela equipe da UVZ e encaminhado para análise no Laboratório Central do Estado do Paraná (Lacen). O exame de imunofluorescência direta para o vírus rábico comprovou que o animal estava doente.
A diretora do Centro de Epidemiologia, Juliane Oliveira, explica que a raiva é uma doença grave, de alta mortalidade e que pode atingir todos os mamíferos, incluindo os seres humanos, animais domésticos e silvestres. Segundo ela, Curitiba não registra casos de raiva humana e/ou canina há mais de 30 anos. Entretanto, em 2010, um gato pegou a doença depois de ter contato com um morcego. “É muito importante que a população se mantenha atenta e, em caso de contato com morcegos, procure o quanto antes uma unidade de saúde, básica ou 24 horas”, destaca.
A coordenadora da UVZ, Vivien Midori Morikawa, faz um alerta a todas as pessoas que possuam animais domésticos – principalmente gatos e cachorros – para manter em dia a vacinação desses bichos. “É uma segurança para toda a família e, principalmente, para o bichinho, que tem por hábito caçar”, comenta.
A Unidade de Vigilância de Zoonoses mantém um posto fixo para vacinação, gratuita, de cães e gatos contra a raiva. “A raiva é uma preocupação da saúde pública e a vacina está disponível para todos os animais de Curitiba”, salienta Vivien.
