
O secretário municipal da Saúde, César Monte Serrat Titton, confirmou um novo caso importado de chikungunya registrado em Curitiba. Apesar de os resultados dos exames só terem sido liberados agora, a paciente começou a apresentar os sintomas no final do ano passado, o que aumenta para três o número de casos de chikungunya importados confirmados em 2015 em Curitiba.
Este ano ainda não foi confirmado nenhum caso de chikungunya, mas já são 22 casos importados de zika vírus e 196 casos importados de dengue na cidade – entre eles, um óbito. As informações foram divulgadas durante a prestação de contas da Secretaria Municipal da Saúde aos vereadores, realizada na Câmara Municipal de Curitiba.
A paciente com febre chikungunya, uma mulher residente na região norte de Curitiba, começou a apresentar os sintomas em 19 de novembro, depois de uma viagem para a cidade de Lagoa do Meio, na Bahia. Já de volta a Curitiba, apresentou sintomas como febre alta, dor de cabeça, dores nas articulações. Os exames para a confirmação do diagnóstico são feitos pelo Laboratório Central do Estado (Lacen).
Durante a apresentação aos vereadores, Titton destacou a intensificação das ações de combate ao mosquito Aedes aegypti, transmissor de doenças como dengue, zika e chikungunya, já desde o mês de outubro, antes mesmo da confirmação da relação entre os casos de zika vírus e a microcefalia pelo Ministério da Saúde. Em 2015, foram realizadas 213 ações educativas, além de cerca de 64 mil pessoas abordadas. No ano anterior, foram 100 ações educativas e apenas 37 mil pessoas abordadas.
O secretário ressaltou que este ano ocorreu uma nova ampliação da estratégia de combate ao Aedes, com o lançamento da Operação Tira Focos, junto com a Secretaria Municipal de Comunicação Social e em parceria com alguns veículos de comunicação, além do plano 366 Dias Contra o Aedes, desenvolvido pelos diversos equipamentos da Secretaria da Saúde. “Durante o Carnaval, foi realizada uma grande operação na rodoferroviária de Curitiba, abordando os turistas que chegavam à cidade. Além disso, todas as unidades de saúde de Curitiba se mobilizaram para promover vistorias, ações educativas e de capacitação entre a comunidade ao longo de todo este ano”, salientou.
Titton enfatizou que o combate ao Aedes aegypti em Curitiba não ficou restrito à Secretaria da Saúde, mas o trabalho foi incorporado e dividido entre todos os órgãos da Prefeitura de Curitiba, a partir das reuniões de Ação Integrada, e que agora vem sendo monitoradas diariamente pela sala de comando da Prefeitura. Além disso, houve o apoio das Forças Armadas para realizar a vistoria em locais de difícil acesso. Ao todo, 5,4 mil estabelecimentos foram vistoriados no período de uma semana. “O maior desafio no combate ao mosquito é justamente conscientizar as pessoas da necessidade de fazer a vistoria nos imóveis semanalmente e incorporar este hábito durante o ano todo, não apenas agora”, comentou.