
A catarata é reconhecida por ser uma doença que atinge geralmente pessoas idosas. Mas, ao contrário do que frequentemente imaginamos, pode acometer inclusive os recém-nascidos. Tem sido constante o diagnóstico dessa doença em pessoas que estão no ápice de sua vida produtiva e em plena atividade profissional e intelectual. Indivíduos na faixa dos 50 a 60 anos. A exemplo disso, o jornalista William Bonner, o qual no ano passado, foi diagnosticado com a doença e precisou passar por uma cirurgia.
Segundo o oftalmologista Paulo Ricardo Nocera do Instituto de Oftalmologia de Curitiba, nos últimos anos a catarata – uma doença que normalmente se manifestava a partir dos 60 anos – tem sido diagnosticada quando a pessoa ainda está na casa dos 50 anos, ou seja, a doença, às vezes atinge as pessoas mais cedo. Alguns hábitos da vida moderna aceleram o diagnóstico e o desenvolvimento dessa doença, por exemplo, o uso de corticoides, que pode acelerar ou até mesmo causar a catarata. Esse medicamento é muito mais utilizado hoje do que já foi há algum tempo e pode contribuir para o desenvolvimento da doença, que aparece pela opacidade do cristalino, a lente natural do olho, depois dos anos de uso. A exposição prolongada ao sol sem óculos com lentes de proteção UV também é um outro fator de risco, aliás, é o maior deles.
Antes de pensar numa possível cirurgia para reajustar a visão, é necessário procurar um profissional que faça um pré-operatório completo, levando em consideração todo o histórico do paciente, suas necessidades e limitações. Apesar da cirurgia de catarata ser simples, exige um conhecimento aprofundado sobre o passado do paciente. Atualmente uma das técnicas mais eficazes e utilizadas é a Facoemulsificação. Uma cirurgia moderna que substitui o cristalino natural opaco pelo cristalino artificial transparente, chamado de lente intra-ocular.
Hoje, a cirurgia de catarata é realizada através de um pequeno corte na periferia da córnea. “É introduzido uma espécie de caneta que faz a emulsificação do cristalino opaco (catarata) e por esta mesma incisão é introduzida uma pequena lente dobrável que irá substituir a transparência dos meios ópticos e o grau dos óculos”, relata o médico. Paulo Ricardo relata que para prevenir o aparecimento precoce da doença é necessário tomar certos cuidados, como usar óculos de sol com proteção UV, controle glicêmico adequado em pacientes diabéticos e boa alimentação. A procura frequente de um oftalmologista para prevenção também é indicada.
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