É crescente o aumento do número de pacientes que recorrem à cirurgia bariátrica no Brasil. Somente nos últimos cinco anos, houve um aumento de quase 90% desse procedimento, principalmente agora, onde não existe mais o limitador idade, sendo a cirurgia também recomendada em adolescentes a partir de 16 anos.
Segundo o cirurgião, Mateus Martinelli de Oliveira, a operação deve ser o último recurso contra a obesidade. “Inicialmente o paciente deve recorrer aos exercícios físicos, mudança de hábitos alimentares por pelo menos dois anos”, explica. “Caso não consiga evolução no emagrecimento, daí sim deve ser analisado e avaliado se o paciente possui os requisitos para fazer a cirurgia”, avalia Martinelli.
Está cada vez mais comum também pessoas acima do peso, ainda não consideradas obesas, acelerarem o ganho de peso, com o objetivo de realizar a cirurgia bariátrica. No entanto esse procedimento, pode trazer sérios danos à saúde. Segundo Martinelli, o ganho de peso acelerado é uma atitude condenável, além de extremamente perigosa. “Aumentando em mais de 20% o seus peso, corre quatro vezes mais o risco de desenvolver doenças associadas à obesidade mórbida, como diabetes, hipertensão entre outras”, afirma.
“A cirurgia deve ser a última alternativa para o obeso”, explica Martinelli. Antes da indicação cirúrgica, são avaliados todos os exames do paciente, inclusive o psicológico. “O procedimento somente é indicado quando se constata o insucesso com o método da reeducação alimentar e se forem detectados doenças com complicações graves”, finaliza.