Citroën traz ao Brasil o Ami, carro elétrico que custa 20 euros por mês

Desejado pela presidente da marca, Citroën Ami já está no Brasil e pode ser usado como solução de mobilidade em cidades turísticas

Recentemente, fomos aos Países Baixos conhecer o pequenino Citroën Ami. Feito para distâncias curtas, o elétrico recém-lançado na Europa parece ter “gostado” dos brasileiros, pois acaba de desembarcar em nosso país.

O Ami está mais precisamente em Pernambuco, onde foi flagrado pelo leitor José Dutra sobre um caminhão. Nenhum problema, dados os meros 485 kg do carrinho de 8 cv e carroceria de plástico ABS.

Outra abordagem

Diferente em praticamente tudo, o Citroën Ami não tenta competir com automóveis tradicionais, mas sim outros meios de transporte. Afinal de contas, sua velocidade máxima é de meros 45 km/h e não há espaço para mais de dois passageiros e 260 l de bagagem.

Na Europa, é possível comprá-lo por aproximadamente 7.000 euros, mas o melhor negócio costuma ser alugá-lo, seja por alguns meses ou algumas horas.

No caso da locação mensal, é necessário pagar 1.700 euros de entrada (com isenção fiscal incluída) e mais 20 euros por mês de uso. Quem precisar do Ami apenas para um deslocamento rápido pode tê-lo por meros 26 centavos a cada minuto, em uso semelhante ao de bicicletas alugadas via app.

Isso segue uma tendência dominante na indústria automotiva, que vem se preocupando em veículos de uso compartilhado para atividades triviais, como ir ao supermercado ou academia.

Com carros cada vez mais caros, o modelo de 2,41 m de comprimento pode ser o trunfo da Stellantis para esse nicho, ainda embrionário.

Substituto das motos?

A Citroën admite que algumas utilidades do Ami serão conhecidas com o tempo, e acredita em seu uso em locais turísticos. Essa, inclusive, poderia ser a razão de seu desembarque no Brasil, onde pode ser testado em praias e cidades que recebem muitos visitantes mas não comportam linhas de ônibus ou vários automóveis.

Por outro lado, é improvável que o Ami seja vendido nas concessionárias brasileiras, dado que seria difícil homologá-lo como um carro. Na Europa isso também acontece, mas o carrinho se enquadra no segmento dos quadriciclos, dispensando carteira para motorista a partir de 14 anos.

Em novembro do ano passado, a presidente da Citroën do Brasil, Vanessa Castanho, reforçou que gostaria de ter o Ami no país. Com torque instantâneo, conforto maior que uma moto e facilidade na operação, não é difícil acreditar em seu potencial.