Os integrantes da Comissão Nacional da Verdade apresentam o balanço de um ano de atividades. Criada para apurar violações de direitos humanos no contexto da ditadura militar, a comissão completou um ano nesta quinta-feira. Recentemente, os membros da comissão apresentaram à presidenta Dilma Rousseff um balanço das atividades do grupo e as demandas da sociedade civil para que os trabalhos sejam prorrogados. De acordo com dados revisados pela comissão, 268 depoimentos de vítimas, testemunhas da repressão da ditadura civil-militar de 1964 a 1985, foram tomados no primeiro ano de atividades.
Foram ouvidas 207 vítimas e testemunhas de violações de direitos humanos cometidas no período de análise (1946-1988). Dos depoimentos, 59 foram tomados em entrevistas reservadas e 148 durante audiências públicas.
Mais 35 pessoas que estiveram diretamente envolvidas ou que conheceram as práticas usadas pelo regime para violar direitos humanos foram ouvidas em audiências privadas. Desse total, 13 depuseram sob convocação.
Entre os avanços da Comissão estão as investigações sobre o desaparecimento do ex-deputado Rubens Paiva, a correção do atestado de óbito do jornalista Vladimir Herzog e a investigação sobre a morte do ex-presidente João Goulart.