Uma comitiva formada por membros da Organização Pan-Americana de Saúde (Opas), Ministério da Saúde e Escola Superior de Ciências da Saúde, do Distrito Federal, estiveram em Curitiba, nesta terça-feira (25/10), para conhecer experiências exitosas de regulação de encaminhamento de pacientes nos vários níveis de atenção à Saúde no SUS Curitibano.
Pela manhã, a comitiva se reuniu com o corpo gestor da Secretaria Municipal da Saúde (SMS) de Curitiba, para troca de experiências sobre os modelos adotados pela capital paranaense, que atende cerca de 53,7 mil pessoas por dia, de segunda a sexta-feira.
No período da tarde, o grupo visitou a Central de Teleatendimento Saúde Já Curitiba; a Central de Telerregulação; o Centro de Controle, Avaliação e Auditoria e a Central Metropolitana de Leitos.
O objetivo da visita à capital paranaense é que essa pesquisa de campo contribua com diretrizes para a reformulação da Política Nacional de Regulação do Ministério da Saúde.
Dentre as principais práticas exitosas apresentadas por Curitiba e que se destacaram estão: a disponibilidade de ter um sistema de teleatendimento como a Central Saúde Já Curitiba criada em 2020, no primeiro ano da pandemia; a telerregulação, um sistema interno que funciona pelo prontuário eletrônico e-saúde e que permite a interação entre os médicos da atenção primária e especializada, para qualificação dos encaminhamentos para as especialidades e otimização das filas; além da Central de Leitos e a Central de Regulação de Urgência.
Todos esses sistemas de regulação estão abarcados dentro do chamado modelo Saúde 4.1, conceito que prevê o uso de tecnologia para a resolução das questões de saúde ao mesmo tempo em que favorece o atendimento humano para os usuários. Neste arcabouço, enquadram-se o aplicativo Saúde Já Curitiba, lançado em 2017, e o prontuário eletrônico, criado em 1999, que permite convergir para uma só plataforma todas as informações referentes a um mesmo paciente.
“Parabéns por essa experiência linda, de qualificação do atendimento. Um grande diferencial de Curitiba é que vocês pensam na linha de cuidado toda do paciente e não apenas nos procedimentos de forma isolada”, avaliou a representante da Opas, Claudilene Fortaleza.
“Não é fácil pensar a regulação a partir da atenção primária. Geralmente, é de cima para baixo. É algo que foi sendo modelado, com a regulação como ordenadora do cuidado”, elogiou a pesquisadora da Escola Superior de Ciências da Saúde, Leila Gottems.
A secretária municipal da saúde de Curitiba, Beatriz Battistella, reafirmou. “Nós sempre trabalhamos na responsabilização da atenção primária pelos pacientes. Não podemos conceber um sistema, em que se encaminhe o paciente, insira ele e ele seja esquecido lá”, disse.
Para Jozinélio Teixeira, da Coordenação-Geral de Regulação Assistencial do Ministério da Saúde, Curitiba é exemplo em focar na linha de cuidado, em detrimento de procedimentos isolados, assim como pela “responsabilização” da atenção primária. “A atenção primária tem que entender que o paciente é dele. A atenção primária é a responsável pelos pacientes daquele determinado território”, afirmou.
Presenças
Participaram também da visita da comitiva, Verônica de Cássia e Ilaine Tiago, da Coordenação-Geral de Regulação Assistencial do Ministério da Saúde; e Fábio Amorim, da Escola Superior de Ciências da Saúde. Representando a SMS e apresentando o SUS Curitibano, estiveram, além da secretária municipal, o superintendente executivo Juliano Geaverd; a diretora do Centro de Assistência à Saúde, Oksana Volochtchuk; a diretora do Centro de Controle, Avaliação e Auditoria, Jane Sescatto; o diretor do Departamento de Urgência e Emergência de Curitiba, Pedro Henrique de Almeida; e a assessoras, Raquel Cubas e Ana Lucia Camargo.
Fonte: Prefeitura de Curitiba