A atenção à saúde bucal deve fazer parte da rotina de todos, mas em especial dos que têm Diabetes. Isso porque caso a glicose não for bem controlada, a alta concentração de açúcar no sangue diminui e altera a saliva, deixando a cavidade bucal mais suscetível a infecções como a doença periodontal. Somando este fator à falta de higiene oral adequada, a periodontite pode evoluir de forma mais rápida e severa do que em pacientes que não possuem o Diabetes.
“Na contramão, a periodontite também pode interferir no controle da glicemia de quem tem a doença”, revela Dr. Fábio Bibancos, ortodontista e consultor da GUM, marca americana de cuidado bucal que chegou há pouco no Brasil.
O especialista esclarece abaixo a relação entre a doença e saúde bucal:
Boca seca: é comum que pessoas com Diabetes desenvolvam a xerostomia, mais conhecida como boca seca, o que aumenta o aparecimento de aftas, úlceras, cáries e mau hálito. O controle adequado da glicemia ajuda a diminuir a sensação de boca seca.
Inflamações na gengiva: o principal sinal do problema é vermelhidão, gengiva mais volumosa (hiperplásica) ou sangramento ao fazer a higiene bucal ou mastigação, sendo que pessoas com Diabetes têm mais chances de desenvolver essas inflamações devido alto nível de açúcar no sangue. “Se não tratado, o problema pode evoluir para uma periodontite e interferir no nível glicêmico, dificultando ainda mais o controle do Diabetes”, explica.
Por isso, quem tem a doença deve dedicar ainda mais atenção aos cuidados bucais, como escovar os dentes com técnicas adequadas após todas as refeições e cuidar da limpeza interdental diariamente. Para a limpeza entre os dentes, é possível optar por alternativas ao fio dental como os Soft-Picks (palitos interdentais) ou Flossers (fio dental com haste), que são mais práticos de usar no cuidado diário e previnem o acúmulo de bactérias na linha da gengiva.
Tratamentos odontológicos: pessoas com Diabetes devem sempre informar o dentista sobre a doença, para que possam adequar o tratamento de acordo com cada caso. “Procedimentos cirúrgicos mais invasivos como extração, implantes e canais devem ser feitos com acompanhamento do nível glicêmico”, informa.
Já o tratamento periodontal, quando necessário nesses pacientes, proporciona a redução do processo inflamatório, o que auxilia no controle glicêmico. Com isso, além de melhorar a saúde dos tecidos de suporte dos dentes, favorece a diminuição e prevenção de danos a outros órgãos.
Dr. Fabio Bibancos – Consultor da GUM