Pelo décimo quarto mês seguido, o Índice de Confiança da Indústria (ICI) da Fundação Getulio Vargas, ficou abaixo da média histórica, que é de 105,4 pontos, ao atingir em abril 95,6 pontos – ante 96,2, em março. Esse nível é o mais baixo já registrado desde junho de 2009 (90,7 pontos). Esses dados são referentes à Sondagem da Indústria de Transformação, apurada pelo Instituto Brasileiro de Economia (Ibre) da Fundação Getulio Vargas.
A pesquisa aponta ligeira elevação no nível de satisfação com os resultados de seus negócios no momento presente com o Índice da Situação Atual (ISA) em 97,3 pontos, avaliação que é 0,7% maior do que a anterior. Já em relação ao Índice de Expectativas (IE), houve queda de 2% com o nível atingindo 93,9 pontos.
“Os resultados de abril sinalizam continuidade do período de desaceleração do ritmo de atividade industrial, sem perspectivas, por ora, de reversão de tendência”, destaca a nota técnica da FGV.
Segundo ainda o comunicado, o que influenciou a pequena melhora no ISA foi a redução dos estoques. A parcela dos entrevistados que indicaram estoques excessivos diminuiu de 9,4% para 8,4%. Ao mesmo tempo, aumentou de 1% para 2,9% o total que apontaram a existência de estoques insuficientes.
Em relação às previsões futuras no curto prazo, caiu de 30,9% para 27,1% a proporção de empresas que acreditam em aumento da produção. Para 12%, as atividades vão diminuir ante 11,4% que tinham tal avaliação no mês anterior.
O Nível de Utilização da Capacidade Instalada (NUCI) apresentou leve recuo ao passar de 84,4% em março para 84,1% em abril.