O arcebispo de Buenos Aires, Jorge Mario Bergoglio, 77 anos, foi escolhido papa e sucessor de Bento XVI na chefia da Igreja Católica. Bergoglio é o primeiro pontífice latino-americano e jesuíta. É o papa de número 83 e o primeiro papa a assumir o pontificado com o antecessor vivo em 600 anos. Ele adotará o nome de Francisco. Conheça um pouco da história do novo papa:
O jesuíta nasceu na capital argentina e, depois de cursar o seminário no bairro Villa Devoto, entrou para a Sociedade de Jesus, aos 19 anos, em 1958. Foi ordenado padre um ano depois, quando estudava teologia e filosofia na Faculdade de San Miguel.
De 1973 a 1979, Bergoglio foi provinciano pela Argentina e a partir de 1980, reitor da faculdade de San Miguel, cargo que ocupou por seis anos. O papa obteve o título de doutor na Alemanha.
Em 1992, foi nomeado bispo e elevado a arcebispo em 1997, passando a chefiar a arquidiocese de Buenos Aires desde então. O argentino ingressou no Colégio de Cardeais em 2001.
Na Santa Sé, participava de diversos dicastérios: era membro da Congregação para o Culto Divino e para a Disciplina dos Sacramentos, da Congregação para o Clero e da Congregação para os Institutos da Vida Consagrada e das Sociedades da Vida Apostólica, além do Conselho Pontifício para a Família e da Comissão Pontifícia para a a América Latina.
Ele era considerado “papável” desde o conclave que elegeu o alemão Bento 16 para suceder o polonês João Paulo 2º, em 2005. Com a renúncia do primeiro, o nome do arcebispo de Buenos Aires voltou a ficar entre os mais cotados ao posto de papa.
Em 2010, quando a modalidade foi permitida pela legislação argentina, o então arcebispo de Buenos Aires, que também disse que a adoção de uma criança por um casal gay é uma forma de discriminação ao jovem, entrou em confronto com o governo de Cristina Kirchner. A presidente argentina, por sua vez, replicou dizendo que a posição da Igreja evocava a época medieval.