Durante os séculos XIX e XX, ela ficou conhecida como a doença dos poetas. Manoel Bandeira, Cruz e Sousa, Álvares de Azevedo e Castro Alves foram alguns dos escritores que sofreram com a tuberculose e fizeram da moléstia tema de suas produções literárias. Hoje, a doença não está mais presente em versos e poemas, mas continua fazendo muitas vítimas. Todos os anos, são notificados cerca de 6 milhões de novos casos em todo o mundo, levando mais de um milhão de pessoas a óbito. No Brasil, segundo dados do Ministério da Saúde, 70 mil casos novos são registrados anualmente e ocorrem 4,6 mil mortes em decorrência da doença.
Transmitida pelo bacilo de Koch – o Mycobacterium tuberculosis – a tuberculose é uma das doenças infecto-contagiosas que mais mata no país. “O contágio se dá por via aérea e a bactéria consegue sobreviver por até 24 horas suspenso no ar. Então, ambientes fechados e pouco ventilados favorecem a transmissão da doença”, explica o bioquímico Marcos Kozlowski, responsável técnico do Lanac – Laboratório de Análises Clínicas.
Tosse por mais de duas semanas, febre, produção de catarro, cansaço, dor no peito e falta de apetite estão entre os sintomas da tuberculose, que afeta principalmente o pulmão. Como a doença tem cura, o diagnóstico precoce é fundamental. “O exame do escarro, também chamado de baciloscopia, faz uma análise da secreção dos pulmões e consegue descobrir quais as fontes da infecção para o devido tratamento”, conta Kozlowski.