Estudos mostram que 10% da população do mundo têm Doença Renal Crônica. Na população com 75 anos ou mais, este percentual chega a perto de 50%. Segundo Jerusa Miqueloto, hematologista do Laboratório Frischmann Aisengart, um dos principais motivos destes altos índices são os diagnósticos tardios de pessoas com disfunções nos rins. “Muitos pacientes, antes de começar a fazer hemodiálise, nem sabem que são doentes renais crônicos e acabam sendo atendidos numa emergência”, explica.
A Dra. Jerusa conta que os testes de detecção, que podem ser de urina ou de sangue, devem ser realizados sistematicamente em pacientes com alto risco para a doença. São considerados fatores de risco problemas como o diabetes, pressão alta, doença renal na família, idade avançada e doenças cardiovasculares.
A médica descreve que, visando à prevenção da disfunção nos rins, existem cuidados que podem ser tomados como manter a pressão alta sob controle, fazer exame de urina para detectar proteína e fazer exame de sangue para dosar a creatinina. “Mais do que ações para diagnóstico e para tratamento, é necessária a prevenção da doença”, avalia.
Após o diagnóstico do problema, que leva à perda da função de filtragem dos rins, vem o tratamento, que acompanha o progresso da doença. “Na fase inicial o paciente precisa fazer uma mudança na dieta. Caso o paciente tenha pressão alta e diabetes, tomar medicamentos para controlar, além de remédios para reduzir a eliminação de proteínas pelos rins. Já na fase mais avançada da insuficiência renal, são necessárias realizações de sessões de diálise, uso de medicamentos específicos e, em alguns casos, o transplante renal”, revela.