Paraná é o segundo no ranking da pirataria

O Paraná é um dos destinos finais preferidos para a venda de produtos falsificados e contrabandeados. É o que revela um levantamento da Associação Brasileira de Combate à Falsificação (ABCF), que realizou 1.200 operações de combate ao crime no último ano no país.
O prejuízo nacional de arrecadação tributária chega a U$40 bilhões por ano. Contudo, as perdas vão muito além desta cifra, segundo Rodolpho Ramazzini, diretor da ABCF, devido a falta de faturamento das indústrias legalmente estabelecidas.
A Laquila Peças, por exemplo, enfrenta o problema de perto com as falsificações dos produtos RIK, marca que representa com exclusividade no país. “Os anéis para pistão RIK são falsificados no exterior e entram ilegalmente no Brasil. Estes possuem CNPJ falso nas embalagens ou simplesmente não têm CNPJ impresso, o que dificulta a identificação do responsável e possuem qualidade bem inferior aos originais.”, conta Osenir José Bozza de Lima, Analista de Qualidade da Laquila. De janeiro de 2014 a janeiro de 2015 foram apreendidas 10 toneladas de peças para veículos em 42 operações da ABCF.

Combate
Para combater a pirataria, a instituição incentiva a conscientização do consumidor. “Este é o melhor caminho para erradicar o contrabando e a pirataria, visto que os portos brasileiros encontram-se praticamente abertos, pois o número de agentes da Receita Federal e da Polícia Federal é muito pequeno, e somente há vistoria de contêineres e mercadorias por amostragem ou quando há alguma suspeita. Os principais portos de entrada das falsificações são Santos, Paranaguá, Itajaí e Rio de Janeiro. Tais produtos normalmente chegam com declarações falsas nas guias de importação, como se fossem outra mercadoria mais barata, e normalmente, subfaturados”, conta Rodolpho.
Na Laquila, uma campanha nacional de conscientização foi iniciada com seus clientes a fim de acabar com o problema. A empresa informa seus clientes finais dos malefícios das peças falsificadas, que possuem durabilidade e desempenho oito vezes inferior ao da original.
Também ensina a identificar as peças falsificadas, que não possuem CNPJ na embalagem. “Os consumidores precisam entender que os produtos piratas não são mais baratos, pois a sua durabilidade é mais baixa. Além disso, seu uso compromete outras peças do motor, gerando prejuízos extras com mão de obra e dor de cabeça para os consumidores”, explica Osenir.
Os mercados mais afetados pela falsificação e contrabando são: São Paulo, Paraná, Rio Grande do Sul, Minas Gerais, Bahia, Pernambuco, Goiás, Pará e Rio de Janeiro.

Foto: Divulgação.