Curitibano aprova campanha contra álcool no trânsito

A primeira ação educativa da campanha Lei Seca – Vai Pegar teve uma ótima recepção nos bares e estabelecimentos noturnos onde foi realizada neste final de semana. Representantes da Secretaria Municipal de Trânsito (Setran), Guarda Municipal de Curitiba, Instituto Paz no Trânsito (Iptran) e Polícia Militar de Curitiba visitaram diversos bares e estabelecimentos da avenida Vicente Machado e alameda Presidente Taunay, no bairro Batel, distribuindo folhetos explicativos e conversando com os frequentadores da noite da cidade.
“Estamos tendo uma receptividade muito positiva, pois a sociedade está percebendo o quanto o álcool acaba contribuindo para mortes e acidentes no trânsito. A campanha Lei Seca – Vai Pegar vai causar um impacto na cultura de trânsito do curitibano, para que as pessoas percebam a influência negativa do álcool e tenham atitudes mais seguras no trânsito da cidade”, disse Cassiano Novo, diretor de educação no trânsito da Setran, lembrando que a campanha deverá acontecer permanentemente na capital.
“Não temos um prazo para terminar. Queremos uma mudança de cultura e isso acontece gradualmente. A ideia é fazermos a campanha todos os dias, até que possamos perceber uma grande mudança de comportamento, com todos dirigindo com uma conduta mais segura e prudente nas ruas de Curitiba”, continuou.
O casal Karise Daniel Machado e Marcio Roberto Zocollotti aprovou a realização da campanha da Lei Seca. “Acredito que vamos evitar muitos acidentes no trânsito com essa conscientização, acho muito importante”, disse a pedadoga. “Bebida não combina com trânsito. A pessoa pode sair, beber e se divertir à noite, mas não pode dirigir se tiver bebido”, completou o administrador de empresas.
Os dois contaram que, quando saem à noite, revezam na vez de beber. “Hoje eu estou bebendo caiprinha e ele suco de laranja ou refrigerante, pois vai dirigir depois”, confirmou Karise.
O engenheiro civil Eduardo Cunha Barbosa também estava bebendo sua cerveja. “Mas hoje estou de carona. Às vezes, fazemos coisas erradas como beber e dirigir depois, por isso acho correto termos essa campanha, é uma iniciativa muito importante”, revelou.
“Se as pessoas não beberem antes de dirigir, teremos uma cidade mais calma, livre de tanta violência. Temos muito a fazer. A nossa luta é pelas famílias da cidade, vamos salvar vidas com essa campanha”, disse Christiane Yared, presidente do Iptran, que entregou folhetos e conversou sobre sua experiência trágica – perdeu um filho em uma colisão causada por um condutor altamente embrigado – com diversas pessoas.
Mirella Prosdocimo, secretária municipal dos Direitos da Pessoa com Deficiência, também falou sobre o acidente que a deixou tetraplégica há 20 anos, causado por um motorista inconsequente, que bebeu e depois bateu no carro em que ela era passageira.
“Ninguém quer acabar com a diversão das pessoas, mas todos têm que ter responsabilidades e ver que se beberem não podem dirigir, porque o carro pode se tornar uma arma na mão de quem dirige alcoolizado”, contou.