As exportações previstas para o segundo semestre vão exigir que os portos brasileiros mesclem o embarque de soja com o de milho, disse o superintendente da Associação dos Portos de Paranaguá e Antonina (Appa), Luiz Henrique Dividino. Ele falou sobre os planos do setor diante do crescimento contínuo da produção, durante o evento de encerramento da Expedição Safra Gazeta do Povo, realizado na sede da Appa. No início do ano, as exportações da oleaginosa só engrenaram quando foi reduzido o embarque de milho.
O Porto de Paranaguá está conseguindo se adaptar à demanda, apontou Dividino, considerando aumento de 12% nos embarques de granéis de janeiro a maio ante o mesmo período de 2012, apesar de a incidência de chuvas ter aumentado. “Temos muitos projetos em andamento e um plano de infraestrutura para os próximos 20 anos, que vão tornar o porto mais moderno e irão atender à demanda”, explicou.
A logística de exportação preocupa os empresários do agronegócio. Paulo Fachin, CEO da Ceagro Brasil – empresa de produção e serviços que atua nas regiões Centro-Oeste e Centro-Norte do país –, participou do evento e ressaltou que o setor público não tem acompanhado o crescimento da produção brasileira. O problema do escoamento tende a se agravar nos próximos dois ou três anos por causa da falta de investimentos, apontou. “As empresas têm interesse de investir, mas o Estado precisa prover meios para que isso aconteça.”
