Organizações de defesa de homossexuais consideraram um avanço e um marco simbólico a declaração feita pelo papa Francisco de que os homossexuais não devem ser discriminados, mas integrados à sociedade.
O Papa Francisco condenou o “lobby gay” no Vaticano, mas disse que os homossexuais não devem ser julgados ou marginalizados. “O problema não é ter essa orientação [homossexual]. Devemos ser irmãos. O problema é fazer lobby por essa orientação, ou lobbies de pessoas invejosas, lobbies políticos, lobbies maçons, tantos lobbies. Esse é o pior problema” , disse. “Se uma pessoa é homossexual e procura Deus e a boa vontade divina, quem sou eu para julgá-la?”
Para Loren Alexsander, responsável pelo Movimento de Gays, Travestis e Transformistas (MGTT), a declaração do papa significa um avanço dentro da sociedade. Loren destacou que o importante é que haja respeito. “Ele [respeito] tem que ser mútuo, tem que ser recíproco, tanto a pessoas do nosso segmento, como a qualquer ser da sociedade civil”.
O coordenador do programa estadual Rio sem Homofobia, Cláudio Nascimento, considerou a declaração do papa um marco simbólico importante.
“Uma diferenciação de todo discurso de altas autoridades da Igreja Católica em outros tempos e pode demarcar um novo momento da igreja católica com essa discussão”, disse.
O presidente do Grupo Arco-Íris do Rio de Janeiro, Julio Moreira, disse que a declaração do papa é positiva e abre novas portas para o diálogo. “A gente entende, também, que é uma fala do papa, não da Igreja. É necessário também que, dentro das hierarquias da igreja católica, isso comece a ser colocado em prática”, disse.