Dilma Rousseff pediu aos três novos ministros, Antônio Andrade, na Agricultura, Pecuária e Abastecimento; Manoel Dias, no Trabalho e Emprego; e Moreira Franco, na Secretaria de Aviação Civil, remanejado da Secretaria de Assuntos Estratégicos que trabalhem para modernizar e melhorar os serviços prestados por suas pastas. Os três vão comandar “setores de relevância estratégica” para o governo, segundo a presidenta, e têm desafios que serão enfrentados em conjunto.
“São grandes esses desafios, só podemos vencê-los juntos, nenhum ministro em um governo é uma entidade isolada”, lembrou a presidenta.
A Moreira Franco, Dilma pediu que dê continuidade ao processo de modernização do setor aéreo, com a meta de interiorizar os aeroportos, ampliando a infraestrutura aeroviária do país. “Espero que o Moreira não pense que era feliz e não sabia. Tenho certeza que vai desempenhar o trabalho à frente da SAC com a mesma competência que teve na SAE”, disse.
Moreira Franco disse que a orientação da presidenta de que modernizar e ampliar o setor aéreo, vai além dos grandes eventos esportivos que o Brasil vai sediar nos próximos anos, que é atender de forma permanente o aumento da demanda pelos serviços. “Temos de 36 milhões a 40 milhões de brasileiros que, em função da mobilidade social dos últimos anos, chegaram ao mercado de consumo e passaram a integrar os clientes do sistema, isso em um prazo extremamente reduzido de seis, sete anos. Tivemos pressão sobre os serviços que nos impõe um esforço de melhorar a qualidade”, avaliou o novo ministro da SAC.
Para o novo ministro do Trabalho, Manoel Dias, que conhece Dilma há 30 anos, a presidenta também reforçou a necessidade de modernização do atendimento ao cidadão que procura os serviços do ministério. “O nosso governo tem pacto sólido com os trabalhadores, por isso são a base da sustentação e principal motivação de um modelo de desenvolvimento com inclusão social, distribuição de renda e criação de postos de trabalho e de formalização do trabalho no Brasil. O Ministério do Trabalho cada vez mais tem de se modernizar para atender todos esses desafios”.
Dias substitui Brizola Neto, que ficou no governo menos de um ano. O novo ministro é ligado ao ex-titular da pasta Carlos Lupi, afastado em dezembro de 2011 após denúncias de corrupção no mesmo ministério. “Eu sou ministro do PDT, o partido me colocou. Vou fazer políticas publicas. O partido sai fortalecido, somos partido, não pessoas”, argumentou.
No Ministério da Agricultura, entre as tarefas do novo ministro estão o gerenciamento de um Plano Safra com mais recursos que o último (2011/2012), de cerca de R$100 bilhões, a criação de uma agência de assistência técnica rural e a articulação de uma política para pesquisa e inovação do setor.
“Temos grandes e profundos compromissos com a agricultura comercial do nosso país. A agropecuária é fundamental e por isso precisa do apoio, do incentivo, de todas as linhas de financiamento que o governo é capaz de dar. Isso para garantir não só as exportações, mas também a produção e a qualidade da alimentação do nosso povo”, disse a presidenta.