Moeda norte-americana encerrou o dia em alta de 0,87%, vendida da R$ 5,3950.
O dólar voltou a fechar em alta nesta quinta-feira (29), após dois dias de trégua, e renovou a máxima desde julho. O mercado esteve de olho nas novas estimativas feitas pelo Banco Central para a economia brasileira, e no aumento das tensões na Ucrânia e na crise energética na Europa.
A moeda norte-americana encerrou o dia em alta de 0,87%, vendida da R$ 5,3950 – a maior cotação desde 22 de julho (R$ 5,4977). Na máxima do dia, chegou a alcançar R$ 5,4287. Veja mais cotações.
Com o resultado, passou a acumular alta de 2,80% na semana e de 3,73% no mês. No ano, tem queda de 3,23% frente ao real.
O que está mexendo com os mercados?
Por aqui, os mercados avaliaram o relatório de inflação divulgado mais cedo pelo Banco Central, que passou a estimar uma alta de 2,7% no PIB deste ano, acima dos 1,7% esperados antes. Já para o próximo ano a expectativa é de uma alta menor, de 1%.
O BC também revisou de 8,8%, em junho, para 5,8%, sua estimativa para o Índice Nacional de Preços ao Consumidor Amplo (IPCA), a inflação oficial, para este ano. Para o ano de 2023, entretanto, cresceu a probabilidade de estouro da meta de inflação.
Ainda por aqui, a Fundação Getulio Vargas (FGV) anunciou mais cedo que o Índice Geral de Preços – Mercado (IGP-M, conhecida como inflação do aluguel) ficou em -0,95% em setembro, no segundo mês seguido de deflação. Já as confianças do comércio e dos serviços tiveram alta.
Por fim, o Ministério do Trabalho e Previdência informou que o Brasil gerou 278.639 empregos com carteira assinada em agosto deste ano. O dado consta do Cadastro Geral de Empregados e Desempregados (Caged) e representa o saldo líquido (contratações menos demissões) da geração de empregos formais.
De acordo com o Ministério do Trabalho e Previdência, 1,85 milhão de vagas formais de emprego foram criadas no país entre janeiro e agosto.
Na Europa, a tensão cresce com o anúncio da Rússia de que irá anexar quatro regiões ocupadas da Ucrânia — aumentando os temores sobre a crise energética na Europa.
Além disso, a calma oferecida pela decisão do Banco da Inglaterra (BoE, na sigla em inglês) de quarta-feira de comprar títulos governamentais de longo prazo para estabilizar a turbulência nos mercados –provocada por um novo plano econômico do governo– durou pouco.
Os índices de ações dos Estados Unidos caíam acentuadamente nesta quinta-feira, com as preocupações sobre uma desaceleração econômica global devido a aumentos agressivos dos juros pelos bancos centrais e os riscos de potencial contágio de turbulência nos mercados do Reino Unido elevando a aversão a risco.
Fonte: G1