Dolly Polasek – Dia seguinte

Não dá para viver como avestruz enfiando a cabeça num buraco para nada ver ou sentir, mas, que dá vontade, dá! Acordar cedo e dar de cara com o noticiário HORA UM é ter certeza que o seu dia será um pouco mais deprimente. Hoje, 20, começamos o dia sabendo do aumento de impostos e suas consequências. Dá vontade de chorar.
Janeiro já é tradicionalmente o DIA SEGUINTE de um ano que sobrevivemos. Creio que para a maioria dos parnanguaras, o primeiro mês de um novo ano, é de lascar, principalmente depois das festas. Bem ou mal festas são festas e a gente sempre consegue fazer alguma coisinha especial, viver momentos bons em família e vivenciar com euforia a esperança de um ano novo, para em seguida tudo virar preocupação.
Dou Graças à Deus que o ano começa com o verão e o seu colorido, por si só uma estação marcada pela alegria. Se janeiro fosse de inverno europeu, seria o fim. No verão brasileiro, temos as águas que são um refresco, embora no Brasil inteiro estejamos sentindo o drama do calor, aliado à falta de água potável e de energia para ventiladores e refrigeradores. Até isso – água – que tínhamos de bom – para nos aliviar da ressaca dos últimos dias de dezembro – está nos sendo tirada.
Ainda bem que aqui no Litoral Paranaense temos o mar, as praias, as cachoeiras, os rios que usamos praticamente de graça. Em casa temos piscinas, tanques, mangueiras, baldes d’água ou – como no meu caso – um vigoroso e revigorante jato que sai da caixa d’água. Não preciso sentir inveja da Quintilha.
Aqui em casa a minha água é abundante e do poço.
Infelizmente temos, também, aquelas águas das chuvas, que anualmente, marcam presença e trazem tristezas e desgraças. Aqui na Vila Horizonte temos a tradicional enchente ocasionada, segundo dizem, por causa da canalização de um rio. No último dia 13 choveu 115 milímetros, numa noite o quê poderia ser para o mês todo. Não houve tubulação que aguentasse e as águas inundaram ralos e privadas dentro dos imóveis, arrebentando manilhas, esgotos e espalhando terror e acabando com móveis e destruindo estoques da Fábrica de Chocolate da VANILE, da minha amiga e vizinha Eliane Velomim. É de chorar, pelos meus vizinhos, pelo sacrifício da amiga Eliane que tem 14 funcionários que dependem da fábrica…
O que dói é saber que cada vez que ocorre uma chuva dessas, o caos se instaura. Sempre! Saí ano, entra ano e autoridade nenhuma resolve. Segundo o vereador Adalberto Araújo, a CAB – Águas de Paranaguá é uma das maiores responsáveis porque usa as tubulações da rede de águas pluviais como rede de esgoto, daí dá no que dá, além de cobrarem por algo que não é fornecido. O vereador, que também mora aqui na Vila Horizonte e conhece o drama da vizinhança, conseguiu marcar uma audiência com o prefeito Edison Kersten para segunda, 27, com uma comissão de moradores. Agora é esperar que algo positivo, enfim, aconteça.
Enquanto isso vamos remando e estou decidida dar um tempo para a minha depressão e não quero ver e nem sentir nada, vou enfiar a minha cara nos livros e revistas e deixar de ver previsões negativas e desgraças televisivas. Pelo menos enquanto estiver suscetível, porque é tanta coisa ruim que anda acontecendo em Paranaguá, no Brasil e no mundo em geral que baixa tristeza no ato.
Certíssima está a minha amiga Mary Neide, da ORANGE, que há muito tempo me falou que também dispensou os noticiários e só vê o mínimo para se manter atualizada. Essa é a melhor dica para o meu primeiro mês do Ano Novo.
Enquanto isso, a bela jornalista RAFAELA TAKIGUTI está de férias nos Estados Unidos visitando a irmã TALITA e trás um bom alento para a coluna. Igualmente o nosso querido amigo CARLOS DE OLIVEIRA PERNA,de férias no México, mandam boas notícias aos conterrâneos via Facebook… Para não dizer que só falei de águas e enchentes…
Até a próxima…

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