Apesar do déficit acumulado no ano pela balança comercial, que soma US$ 1,8 bilhão no período de janeiro a outubro, o governo ainda acredita em resultado positivo para 2013. De acordo com o secretário de Comércio Exterior do Ministério do Desenvolvimento, Indústria e Comércio Exterior, Daniel Godinho, o saldo positivo depende do desempenho do petróleo e a expectativa do governo ainda é recuperação da produção. “Trabalhamos com expectativa de produção ascendente, conforme informado pela própria Petrobras”, declarou Godinho.
De acordo com o secretário de Comércio Exterior, o resultado negativo foi causado pela parada de uma refinaria para manutenção em outubro. No primeiro semestre do ano, a parada programada para manutenção de plataformas da Petrobras também impactou a comercialização do combustível e obrigou o Brasil a importar mais. Para 2014, a previsão é normalização do impacto causado pelo petróleo nas contas externas. “Será um ano bem melhor do que 2013. Haverá melhora substancial na conta petróleo”, disse Godinho, que destacou ainda o efeito benéfico do dólar em alta sobre a balança comercial, com redução das importações de bens de consumo.
De janeiro a outubro de 2013, a exportação de petróleo e derivados registrou queda de 31,2%, segundo o critério da média diária. Por outro lado, as vendas externas dos demais produtos da pauta brasileira cresceram 2,9% no período. Sem o petróleo, portanto, a balança estaria superavitária. Entre os produtos cujas vendas no mercado exterior se destacaram em 2013 estão automóveis, que registraram crescimento de 46,3% no acumulado do ano ante o mesmo período de 2012. Em volume financeiro, as exportações de carros somaram US$ 4,6 bilhões, batendo o recorde de US$ 4,3 bilhões registrado em 2008.