Com a inflação acumulada de 56,2%, fuga de capitais, especulação financeira e escassez de produtos, a Venezuela vive um momento difícil do ponto de vista econômico e político. Para analistas, o governo deve ampliar a oferta de capital – dólares no mercado – e incentivar a produção nacional.
A maior “atenção” ao setor empresarial, tanto estatal quanto privado, é defendida por economistas de diferentes vertentes. “A Venezuela, independentemente do modelo econômico adotado pelo atual governo, deve fortalecer a indústria nacional e diminuir o peso das importações para suprir o mercado interno”, disse o economista venezuelano César Aristimuño.
Os números mostram que a economia cresceu em menor ritmo no país. A Comissão Econômica para a América Latina e o Caribe (Cepal), mostra que o Produto Interno Bruto (PIB) da Venezuela do ano passado foi 1,2%, com previsão de redução a 1,% em 2014.
Mas se a economia mostra uma tendência de queda, alguns níveis sociais apontam êxito. A pobreza diminuiu e, segundo a Cepal, o país é hoje o menos desigual do continente. Analistas defensores da política chavista e o próprio governo admitem que a melhor qualidade de vida da população, aumento de renda e maior capacidade de compra também desequilibraram a produção interna.