As empresas emergentes do Brasil reconhecem que a abertura de capital é importante para a economia do País e para a competitividade global, entretanto muitas ainda têm a visão de que a ação é complexa, pouco acessível e de que ainda não estão maduras o suficiente para dar esse passo. Estas são as principais conclusões do estudo “Rumo à abertura de capital – As percepções das empresas emergentes sobre os entraves e benefícios”, que ouviu empresas com faturamento até R$ 1 bilhão para entender o que elas realmente pensam sobre o processo de abertura. A pesquisa foi realizada pela Deloitte em parceria com o Instituto Brasileiro de Relações com Investidores (IBRI).
O levantamento, realizado com 73 empresas, mostra que 62% delas ainda consideram que o IPO no Brasil é inacessível para PMEs, o que coincide com o fato de 93% dos participantes destacarem que o processo ainda não é uma experiência relativamente simples, com questões como os custos relacionados e a necessidade de estímulos, como políticas de incentivo fiscal para as empresas e menores exigências para listagem. Da mesma forma, um dado otimista revela que o interesse está presente – 90% consideram a abertura de capital essencial para o andamento da economia do País.
As PMEs do estudo priorizam investimentos em projetos de crescimento e produtividade, por exemplo: investimento em tecnologia (25%), em novos produtos (22%) e crescimento inorgânico (19%). Os recursos para os investimentos provem de fontes mais tradicionais (financiamento bancário, por exemplo). O mercado de capitais, especialmente, é pouco utilizado, mas aparece no horizonte de alternativas das empresas emergentes. Os participantes apontam uma forte participação de empréstimos de partes relacionadas (mútuos), utilizados por 53% da amostra. Já 32% afirmam que já utilizaram recursos de fundos ou banco de fomento.