O consumo tem, literalmente, alavancado a economia brasileira nos últimos anos, porém, a situação está ficando cada vez mais difícil. Os dados gerais do comércio em 2011, divulgados pelo IBGE, mostraram que o setor movimentou R$ 2,1 trilhões e gerou 9,8 milhões de emprego, mas os dados relativos a 2013 evidenciam um cenário preocupante por que o ritmo de consumo das famílias brasileiras é pressionado pela inflação, juros altos e o próprio endividamento.
“Não temos mais a classe D para entrar no mercado do consumo, logo, esse peso vai recair sobre a classe C que, em nossas últimas pesquisas, já tem mostrado redução no poder de compra”, analisa André Luiz Pellizzaro, gestor-presidente da Câmara de Dirigentes Lojistas de Curitiba.
Segundo Pellizzaro, o nível de parcelamento das compras cresceu muito de 2012 para cá e isto acaba por dilapidar o poder de compra. “No ano passado, cerca de 11% dos eletrodomésticos eram parcelados em 10 vezes ou mais. Já, neste ano, o número subiu para 50%”, pondera.
Outro dado que denota preocupação se dá por conta da balança comercial, que fechou o pior semestre desde 1995. A balança comercial é analisada pelo valor da exportação contra o de importação.