As estações de rádios de frequência AM terão mais 180 dias para migrar para o sistema FM. O Ministério da Ciência, Tecnologia, Inovações e Comunicações (MCTIC) ampliou o prazo para beneficiar mais emissoras e ouvintes que acompanham a programação.
Especificidades
AM quer dizer Modulação em Amplitude. Com isso, o alcance dessas estações é expandido se comparado o de rádio FM (Frequência Modulada). Contudo, por esse motivo, essas transmissões estão mais sujeitas a interferências, o que compromete a qualidade da difusão. Até 2020, a migração deve ser concluída em todo o País.
Legislação
Há cinco anos, o Decreto 8.139 regulamentou a migração de emissoras. Para tanto, as emissoras deveriam assinar termos aditivos. Os novos contratos passariam a contemplar a concessão da outorga para utilizar o sinal FM. A ideia é fortalecer as emissoras que operam nesse espectro.
Mais qualidade
Com a mudança do sinal para o FM, essas emissores têm chance até mesmo de expansão, já que podem fazer transmissões digitais acessíveis por tablets e celulares. Assim, o serviço também se moderniza com a digitalização e oferece mais modalidades aos ouvintes para que acessem a programação.
Audiência
A estimativa do MCTIC é que 25 milhões de ouvintes atingidos pelo espectro sejam beneficiados. Outro impacto da mudança é a geração de 750 mil novos empregos.
Processo
Para realizar a alteração, as emissoras precisam adquirir equipamentos como transmissores e antenas para se adaptar à frequência.
Manutenção das emissoras
Essa foi, inclusive, umas das motivações das emissoras ao reivindicar a migração: com a qualidade inferior a das rádios FM, a audiência também era reduzida, o que coloca em xeque a sobrevivência dessas estações.
Conjuntura
Em 2013, o Governo do Brasil deu início ao processo de migração do sinal. De lá para cá, 623 emissoras já mudaram de espectro. Com a abertura do novo processo de outorga para uso das frequências, 449 emissoras devem ser beneficiadas. Ao todo, há 1,7 mil estações AM no País; dessas, 1,3 mil fizeram o pedido para migrar para o FM.
Fonte: Governo do Brasil, com informações do Ministério da Ciência Tecnologia, Inovações e Comunicações, SET, Associação das Emissoras de Radiodifusão do Paraná e Associação Brasileira de Emissoras de Rádio e Televisão