A Espanha reabre a partir desta segunda-feira (7) suas fronteiras a turistas de praticamente todos os países do mundo que tenham sido vacinados contra a Covid-19.
A exigência é que a vacina seja aprovada pela União Europeia ou pela Organização Mundial de Saúde (OMS) e que a última dose tenha sido tomada com no mínimo 14 dias de antecedência.
A medida, no entanto, não contempla os viajantes do Brasil, que é considerado de “especial risco epidemiológico” (assim como a África do Sul).
A decisão de permitir a entrada de pessoas imunizadas na Espanha foi anunciada pelo primeiro-ministro Pedro Sánchez em maio. Na ocasião, ele afirmou que a medida valeria para cidadãos de qualquer país, o que gerou falsas expectativas em relação à liberação das viagens de brasileiros.
Restrições ao Brasil
Mas, em uma reunião ministerial no dia 1º, o governo espanhol decidiu prorrogar as restrições que já estavam em vigor para o Brasil.
Os voos procedentes do país podem transportar apenas cidadãos ou residentes legais da Espanha ou de Andorra e passageiros em trânsito que fiquem menos de 24 horas no aeroporto.
A África do Sul tem restrições semelhantes. Já os viajantes da Índia, outro país com alta incidência da doença, podem entrar desde que cumpram quarentena ao chegar no país.
Destino turístico
O intuito do governo espanhol é viabilizar a retomada do turismo no verão, que vai de junho a setembro no hemisfério norte e responde pela maior parcela do faturamento anual do setor.
Com clima quente, praias exuberantes e uma cultura rica e diversificada, a Espanha é um dos destinos favoritos dos viajantes europeus e atrai principalmente ingleses, mas também alemães e franceses.
Em 2020, o número de estrangeiros que entraram no país despencou quase 80% e o turismo doméstico também sofreu com as restrições impostas à mobilidade. O setor, que em 2019 respondia por quase 13% do PIB, viu sua participação reduzida a pouco mais de 4% no ano passado.
O tombo deixou feridas, com muitos trabalhadores tendo seus contratos de trabalho suspensos ou encerrados e diversos estabelecimentos fechando as portas. Para este ano, o governo estima que as contratações no setor se recuperem parcialmente e alcancem 50% dos níveis de 2019.