O Governo do Paraná lançou a campanha de vacinação contra a febre aftosa. Nesta primeira fase, é obrigatória a vacina em todos os animais bovinos e bubalinos jovens, de zero a 24 meses, que representam cerca de 45% do rebanho paranaense. Os produtores devem vacinar os animais até o dia 31 de maio.
No lançamento da campanha, realizada na fazenda Sol Poente, em Campo Magro, na Região Metropolitana de Curitiba, o governador Beto Richa fez a vacinação do primeiro animal e destacou que a garantia da sanidade do rebanho paranaense, por meio da vacinação, possibilitou a retomada da exportação da carne produzida no Estado. “Com este trabalho conseguimos conquistar a confiança de mercados internacionais, como o da Rússia, que é muito exigente”, afirmou Richa.
O início da vacinação foi acompanhado pelo secretário estadual da Agricultura e do Abastecimento, Norberto Ortigara, e o diretor-presidente da Agência de Defesa Agropecuária do Paraná (Adapar), Inácio Afonso Kroetz, do assessor técnico da Federação da Agricultura do Paraná (Faep), Ronei Volpi, e prefeitos dos municípios da região.
“Hoje, com responsabilidade, diálogo com os produtores e um trabalho efetivo de defesa à sanidade animal, estamos garantindo qualidade aos produtos de nosso Estado”, afirmou Beto Richa. “Já temos quatro frigoríficos credenciados para exportar a carne para aquele país e essa abertura vai contribuir ainda mais para conquistar novos horizontes para os produtos do Estado”, ressaltou o governador.
Foram nove anos de embargos à exportação da carne bovina ao país europeu. Em maio do ano passado, o governador Beto Richa esteve na Rússia e tratou da questão do mercado para os produtos paranaenses em encontro na Embaixada do Brasil. A ação do governador abriu caminho para a visita técnica feita, depois, pelo secretário Norberto Ortigara, o presidente da Adapar e o representante da Faep.
Em fevereiro último, o serviço veterinário russo habilitou frigoríficos paranaenses à exportação.
O governador lembrou que a primeira iniciativa que confirmou a preocupação do governo estadual com a sanidade animal e vegetal foi a criação e estruturação da Adapar. “Agora estamos com um concurso aberto para a contratação de mais de 200 agentes, entre veterinários, agrônomos e técnicos agrícolas para garantir uma estrutura maior, a fim de que possamos conquistar o status de estado livre da febre aftosa sem vacinação”, afirmou Richa.
COMPROVAÇÃO
A previsão é que sejam vacinados 4,25 milhões de cabeças de animais jovens, o que corresponde a 45% do rebanho atual do Paraná, estimado em 9,4 milhões de animais, entre animais jovens e adultos.
Até o final da campanha, o produtor deve efetivar a compra do medicamento, fazer a aplicação e a comprovação da vacinação do seu rebanho. Na segunda etapa, em novembro, será obrigatória a vacinação para 100% do rebanho.