De acordo com o Cecafé (Conselho dos Exportadores de Café do Brasil) o país tem estoques de café suficientes para abastecer o mercado internacional. Os problemas recentes de falta de chuva ao longo de 2021 não afetaram a produção do grão.
De acordo com o presidente da Cecafé, Nicolas Rueda, as reversas brasileiras conseguem atender a demanda nacional e internacional. Rueda explica que foi possível guardar café em estoques ao longo do ano passado.
A alta no preço do grão arábica fez os produtores investirem em café. O clima seco dos últimos anos e os problemas logísticos desencadeados pela pandemia do novo coronavírus levaram a saca do café arábico a recordes na bolsa de Nova York. Na última terça-feira (15/02), a remessa futura para maio fechou o preço em R$ 1.313,8 (US$ 253,65).
De acordo com o Cecafé, o Brasil exportou 40,4 milhões de sacas e obteve cerca de R$ 32 bilhões em receita no ano passado.
Em março de 2020 o Conab (Companhia Nacional de Abastecimento) estimou em 13 milhões de sacas guardadas em estoques brasileiros.
De acordo com o monitoramento da Bolsa de Nova York há cerca de 1 milhão de sacas de 60 quilos nos Estados Unidos da América. Já o estoque global está estimado em 30 milhões de sacas.
Para o presidente da Cecafé o problema nacional não está na produção e sim na logística. Em 2021 os exportadores tiveram falta de containers e precisaram reaver métodos de transporte do século XIX, quando o café era transportado em sacos de pano.