EUA liberam uso de eletrônicos durante pouso e decolagem de aviões

A agência de aviação americana (FAA, na sigla em inglês) anunciou que os passageiros não precisam mais desligar seus tablets e notebooks durante decolagens e pousos de aeronaves. Segundo o El País, a FAA entregou um manual dos novos procedimentos às companhias aéreas. A nova norma não vale imediatamente, uma vez que os aviões terão de ser adaptados à nova regulação, mas uma ds companhias consultadas pelo jornal espanhol já afirmou que presente oferecer o benefício aos passageiros ainda em 2013. Serão liberados então, além dos celulares, os notebooks, tocadores de mp3 e mp4, leitores digitais e videogames portáteis.
“Ainda será necessário usar o modo avião durante todo o trajeto, tanto para o rádio como para os dispositivos móveis, uma vez que isso continua sendo um motivo de preocupação. Por outro lado, quem quiser ler seu livro eletrônico, modificar algo em uma apresentação de PowerPoint, escrever no Word ou jogar, poderá fazê-lo desde a decolagem sempre que não precisar usar a internet”, explica o departamento de transportes americano em comunicado.
Acessar a web continua sendo permitido apenas através das redes de Wi-Fi que algumas companhias aéreas disponibilizam para os passageiros. O Bluetooth também é permitido, por exemplo, para usar um teclado externo ou fones de ouvido sem fio.
Fazer ligações, por outro lado, continua proibido. “Acreditamos que as novas normas cumprirão tanto com os requisitos de segurança como com o desejo crescente por parte dos passageiros de usas esses dispositivos durante todo o voo”, explica Anthony Foxx, secretário de transportes dos EUA, no mesmo comunicado.
A FAA decidiu suavizar as regras depois de uma extensa análise elaborada por diferentes especialistas em aviação, representantes das empresas aéreas, passageiros e pilotos, entre outros. A modificação na segurança se deve a dois fatores: a melhoria do conhecimento científico e tecnológico, e porque as leis do setor estavam obsoletas.
A última revisão das normas foi feita na década de 1960, “e por isso não há sentido em mantê-las”, explica a agência. Os especialistas asseguram se não fosse “seguro” ler, por exemplo, um livro eletrônico durante o pouso e a decolagem, não haveria sugerido a mudança.
O comitê de especialistas assegurou que a maioria das aeronaves suporta as interferências das ondas de rádio que esses dispositivos produzem.