Santa Catarina, Rio Grande do Sul e Paraná embarcaram 317 mil toneladas da proteína no primeiro semestre de 2018
A Expedição Suinocultura 2018 inicia seu roteiro pelo celeiro brasileiro na produção de suínos. Santa Catarina, Rio Grande do Sul e Paraná embarcaram juntos no primeiro semestre 317 mil toneladas da proteína, representando 91,4% de todas as exportações nacionais no período (346,5 mil toneladas), segundo dados da Associação Brasileira de Proteína Animal (ABPA). Em 2017, os três estados produziram 2581 mil toneladas, sendo responsável por 67,49% de toda produção do Brasil.
Com o fim das exportações para a Rússia em novembro de 2017, o Brasil precisou prospectar novos mercados para manter a competitividade do setor. Nesse cenários países como a China, que elevou suas importações em 203% no primeiro semestre de 2018 (de 29,8 para 87,5 mil toneladas), têm sido essenciais para a suinocultura brasileira.
“A Rússia era responsável por 40% das exportações nacionais até o ano passado. Então foi preciso olhar para outras regiões, como a Ásia e outros países da América. E essa política tem dado resultado, visto que no primeiro semestre embarcamos 35% mais carne suína do que no ano anterior”, explica o gerente do Núcleo de Agronegócio Gazeta do Povo e coordenador do projeto, Giovani Ferreira.
O setor busca manter a recuperação no segundo semestre. Segundo projeções da ABPA, as exportações no mês de agosto superaram a marca de 63 mil toneladas, volume superior a média mensal do primeiro semestre que foi 57,7 mil toneladas. Os embarques para Hong Kong, maior exportador da carne suína brasileira com participação em 29% dos envios, e à China devem continuar em alta até o final do ano. “Os países asiáticos têm um potencial ainda maior para o agronegócio brasileiro. O consumo per capita ainda é baixo e considerando um país de bilhões de habitantes como a China, dois quilogramas por pessoa já causa grande impacto em nossa receita”, analisa Ferreira.
Roteiro
As visitas tiveram início pelo Paraná, segundo maior produtor em 2017 com 828 mil toneladas e terceiro maior exportador dessa proteína, com 55 mil toneladas embarcadas no primeiro semestre. A equipe de técnicos e jornalistas percorreu na segunda semana de setembro os Campos Gerais e a região Oeste do estado para acompanhar os trabalhos em granjas, frigoríficos e associações de produtores.
O roteiro terá prosseguimento ainda em setembro pelos outros estados da região. Em Santa Catarina líder em produção em 2017 (1026 mil toneladas) e exportação no primeiro semestre (183 mil toneladas), com a equipe passando pelas cidades de Concórdia e Chapecó. Já no Rio Grande Sul terceiro colocado em produção no ano passado (727 mil toneladas) e vice-líder nos embarques de janeiro à julho deste ano (79 mil toneladas), serão visitados os municípios de Charrua, Encantado, Ronda Alta e Rodeio Bonito.