Exposição une pela primeira vez os irmãos e artistas Paulo Dias e Elizabeth Titton

“Prenúncio da Primavera” traz a temática da natureza na série “Vasos de Flores” de Dias e na exposição “Muirapiranga” de Elizabeth, que vem pela primeira vez a Curitiba.

Com mais de 40 anos como artista plástica, Elizabeth Titton expõe pela primeira vez em conjunto com seu irmão, o pintor Paulo Dias. No dia 24 de agosto, os dois inaugurarão a exposição “Prenúncio da Primavera”, às 11h, na Galeria Artestil do Cabral.

Com a temática da natureza, a exposição apresenta duas abordagens distintas: Paulo Dias retrata a série “Vasos de Flores” em quadros pintados à tinta acrílica, enquanto Elizabeth Titton apresenta sua exposição itinerante “Muirapiranga”, que mostra a força da natureza em chapas de aço oxidado e cortadas a laser, lembrando a árvore amazônica muirapiranga.

“Essa é a oportunidade de conhecer dois renomados artistas que se destacaram nacional e internacionalmente, com técnicas diferentes, mas com cuidados estéticos marcantes, seja na pintura ou na produção com metais”, disse a empresária Liliana Cabral, da Artestil.

Paulo Dias explica que esta é a primeira vez que apresenta um grupo de trabalhos com homogeneidade de técnica, estilo, tema e composição. “A maior parte da minha obra é centrada na figura humana, mas também pintei muitas paisagens, naturezas mortas, flores e outros temas”, diz Dias, que se destaca também por sua série “Paisagens Curitibanas”, que mostra o cotidiano da cidade.

Com uma visão positiva da vida, Paulo explica que iniciou esta série de trabalhos com a intenção de “levar coisas positivas” para o público. “Quero que as pessoas levem para suas casas quadros que transmitam bons sentimentos de vida e beleza”, diz.

Muirapiranga

As esculturas fazem parte da exposição “Muirapiranga” e representam árvores fantásticas, debatendo como os seres humanos estão mais interessados em representações da natureza do que na natureza real. A árvore amazônica muirapiranga, cuja madeira avermelhada é usada na produção de instrumentos, inspirou o nome da mostra. A artista também produziu litogravuras de pinturas corporais e mitologias dos indígenas do Xingu.

Embora a exposição original contasse com 21 esculturas de grande porte que percorreram o Brasil, a mostra na Artestil incluirá algumas esculturas grandes e outras de tamanhos menores, todas apresentando a mesma força da árvore amazônica.

Elizabeth acredita que expor sua arte não só contribui para a cultura, mas também retribui a inspiração que recebeu, inspirando outros artistas. Seu principal objetivo é encantar as pessoas e fazê-las pensar, agregando à sua arte um sentido político, estético e cultural.

Paulo Dias

Nascido no Rio de Janeiro em 1956, Paulo Dias iniciou sua carreira profissional como pintor em 1982, embora seu talento para o desenho tenha se manifestado desde a infância. Com uma formação rica e diversificada, Dias estudou pintura na Escola de Música e Belas Artes do Paraná e aprofundou seus conhecimentos em desenho com Luiz Carlos de Andrade Lima, além de gravura em metal com mestres como Orlando da Silva, Uiara Bartira e Ângela Baggenstoss.

Dias realiza exposições individuais em galerias e museus desde 1985. As mais recentes foram no Museu de Arte Contemporânea em 2013 e na galeria Solar do Rosário em 2014. Recebeu prêmios no Salão de Artes do Clube Graciosa e do Clube Curitibano. Desde 1991, ministra cursos de desenho e pintura utilizando o método de desenvolvimento do hemisfério direito do cérebro, no Pró-Criar Espaço Cultural, em seu ateliê. O pintor também faz acompanhamento técnico para artistas nos estilos: realista, impressionista, abstracionista e expressionista, em seu ateliê em Curitiba.

Elizabeth Titton

Elizabeth Titton nasceu em São Paulo (1949) e mudou-se para Curitiba em 1957. É mestre em Educação, especialista em Sociologia e Economia, e graduada em pintura pela Embap – Escola de Música e Belas Artes do Paraná. Anunciou cedo a carreira promissora: ainda no início da faculdade, suas obras foram selecionadas para a V Bienal Internacional da Pequena Escultura em Budapeste.

Sua pesquisa passou por litogravuras, máscaras em bronze fundido, cerâmicas, esculturas em alumínio e madeira, chegando às grandes árvores feitas de aço e cortadas a laser. Desde 2007, quando apresentou o trabalho “In Natura” no Museu Oscar Niemeyer, seu corpo de obra vem sendo dedicado à fauna e flora nesse material, simplificando forma e volume com chapas bidimensionais. Com essa proposta, contempla não apenas originalidade e estética, mas também emprega significado às criações.

Exposição prenúncio da primavera

Artestil Cabral

Av. Nossa Senhora da Luz, 850 – Cabral – Curitiba/PR

Inauguração: 24/08, 11h