O fim da fase reprodutiva da mulher é caracterizado pela entrada na menopausa, ou seja, quando não a ovulação deixa de existir e a menstruação é suspensa. Até a chegada deste período, muitas mulheres, certamente, já realizaram o sonho da maternidade. Outras, no entanto, ainda almejam serem mães, incluindo aquelas que estão ou que já passaram dos 40 anos, e se encontram no período da menopausa. A boa notícia para essas futuras mamães é que, com o avanço da ciência e graças às técnicas de reprodução assistida, o sonho da maternidade é possível.
Segundo a Dra. Paula Bortolai Martins Araújo, da Criogênesis, de forma natural a mulher não engravida na menopausa, pois os ovários já estão inativos e, por isso, não vão liberar o óvulo para que ele seja fecundado pelo espermatozóide. “Entretanto, se a mulher deseja muito engravidar, poderá recorrer aos procedimentos de reprodução assistida, como por exemplo, a Fertilização In Vitro (FIV), utilizando óvulos doados ou utilizando seus próprios óvulos para serem fertilizados, caso já tenham realizado um congelamento preventivo”, explica a especialista.
Além de se submeter à FIV, a mulher que pretende engravidar após a menopausa, precisa de medicações que façam com que ela menstrue novamente. “Isto porque, não seria possível somente colocar o embrião no colo do útero, já que o risco de aborto espontâneo seria maior”, alerta a médica.
Também chamada popularmente de “bebê de proveta”, a FIV consiste basicamente em quatro etapas. Na primeira fase, é realizada a Estimulação Ovariana, por meio da administração controlada de hormônios exógenos à paciente, com o objetivo de estimular a produção de um maior número de óvulos comparados a uma ovulação natural.
A segunda etapa refere-se à Retirada dos Óvulos, que, posteriormente, serão encaminhados ao laboratório para sua identificação, permanecendo em um ambiente controlado, com temperatura similar à tuba uterina. Neste mesmo dia realiza-se também a coleta dos espermatozóides e posterior preparo seminal. A terceira fase compreende a penetração “natural” do espermatozóide no óvulo, sem qualquer outro tipo de procedimento. E, por fim, na quarta fase, o Desenvolvimento e a Transferência dos Embriões. Selecionam-se os melhores embriões para serem transferidos ao útero materno, de forma simples, indolor e sem necessidade de anestesia. Os embriões são colocados em um cateter e depositados no fundo do útero.