Pode não parecer muuuuito “sexy”, em plena era digital, investir em empresas vendedoras de papel, aço, minério de ferro, painel de madeira, vaso sanitário… Mas não se pode dizer o mesmo do retorno recente que tem sido oferecido pelas ações do setor, na comparação ao da turma mais moderninha.
Na bolsa brasileira, não há um índice dedicado especialmente a tecnologia, até porque até poucos meses atrás quase não havia companhias da área com ações em negociação. Mas o desconhecido “Icon”, índice das empresas de consumo, é o que mais perto chega disso, dado o peso relevante que empresas de e-commerce tem no indicador. Bem, neste ano, este índice acumulava queda de 2% até sexta-feira (14). Em 12 meses, o desempenho é melhor, com avanço de 35%.
- Em comparação, porém, o também pouco famoso “Imat”, índice que espelha o desempenho ponderado das companhias da velha guarda listadas na B3, que fabricam e vendem “materiais básicos”, acumula alta de 30% apenas neste ano, e salta impressionantes 131% em 12 meses.
É interessante comparar esses números também ao desempenho do Ibovespa. O principal índice nacional, que todo brasileiro costuma ver noticiário, está praticamente no zero a zero no ano, com valorização de 2,4%, e sobe 54% em 12 meses.
E o desempenho do Ibovespa só não está no vermelho, justamente, graças a ações de empresas que também aparecem no tal Imat. Casos da mineradora Vale (VALE3), com alta no ano de 32%, e do blocão das vendedoras de aço. Dentre elas, o desempenho mais positivo em 2021 até aqui é de ações da CSN (CSNA3), com 50% de ganhos.