
A ONG curitibana ASID criou um índice que permite mapear os problemas das escolas de educação especial e desenvolver ações pontuais para resolver situações que vão do endividamento à falta de capacitação de gestores. O IDEE (Índice de Desenvolvimento da Educação Especial) pode dar o caminho para a mudança no setor.
O IDEE permite a avaliação de 39 indicadores que têm impacto direto na gestão das escolas e na qualidade da educação especial: finanças, marketing, captação de recursos, recursos humanos, infraestrutura, jurídico, liderança e impacto social. Ele é aplicado no início do trabalho de intervenção da ONG, dando o diagnóstico para projetos que mudem a realidade das escolas, e anualmente, permitindo o acompanhamento de cada uma delas. Entre as intervenções feitas estão assessoria administrativa, cursos de capacitação de gestores e obras de reforma e de construção, com apoio de voluntários e da UFPR, que entra com a empresa júnior no desenvolvimento de alguns projetos.
“Muitas escolas estão endividadas, não sabem como buscar recursos para projetos, precisam de reformas em salas de aula, corredores e banheiros. As intervenções resultam na melhoria da gestão, da qualidade de ensino e na consequente abertura de vagas. Elas transformam a vida dos estudantes e da comunidade”, comenta Alexandre Amorim, diretor de Projetos da ASID.
O custo é bancado pelos recursos arrecadados na Campanha Especial, desenvolvida em parceria com 30 bares e restaurantes de Curitiba. Eles revertem parte da venda de determinados itens do cardápio para a ONG.
Já os projetos são viabilizados por empresas que apadrinham as escolas. Entre elas estão GVT, Pelissari, Instituto Renault e Unimed Curitiba.