Início do outono: doenças da estação alertam para a importância da vacinação

Dia 20 de março começou oficialmente o outono. No sul do país, as temperaturas começam a cair, e algumas doenças esquecidas na última estação começam a reaparecer. Além da gripe e resfriados, a sinusite, otite, meningite e a pneumonia são mais comuns nessa época. No calendário anual, diversas vacinas garantem uma maior imunidade para essas doenças, principalmente com a chegada dos dias mais frios: os ambientes mais fechados, com menor circulação do ar, são mais favoráveis para a circulação de vírus e bactérias.

A vacina da gripe, prevista para chegar ao Brasil no começo de abril, é de extrema importância para aumentar a imunidade do organismo. “Nas clínicas de vacinação, a vacina da gripe é composta por quatro tipos de cepas do vírus influenza, sendo duas do tipo A (H1N1 e H3N2) e duas do tipo B, dependendo do vírus circulante no ano anterior”, afirma a enfermeira especialista em vacinação da Clínica Vacinne, Renata Quadros A Organização Mundial de Saúde (OMS) estima que, por ano, a gripe cause comprometimento grave em 3,5 milhões de pessoas.

Testes realizados no Instituto Butantan, produtor da vacina distribuída pelo Ministério da Saúde, mostraram que a vacina disponível na campanha de imunização de 2021 mostrou-se capaz de conferir proteção contra a influenza H3N2 (Darwin), mesmo sem ter a cepa na sua composição: composta pelo vírus da influenza H1N1, H3N2 e B, conferiu a proteção cruzada contra a cepa Darwin em testes de laboratório justamente por conter uma cepa H3N2, da mesma origem.

Além da vacina da gripe, a vacina meningocócica C e pneumocócica conjugada 10-valente, oferecidas pelo SUS, e a meningocócica B, ACWY e as pneumocócicas conjugadas 13-valente e 23-valente, da rede particular, garantem um corpo mais forte e preparado para a nova estação.

Renata lembra que as doenças respiratórias apresentam sintomas como febre, cansaço, dor de garganta, falta de ar, entre outros, comuns também na COVID-19. Para quem recebeu a vacina da COVID-19, a indicação do Ministério da Saúde é deixar um intervalo de pelo menos 14 dias para qualquer outra nova imunização. “A vacinação é uma arma poderosa para combater doenças e fortalecer o organismo. Isso ficou evidente ainda mais na pandemia. Verifique quais imunizações estão em atraso e realize as vacinas previstas no Calendário Nacional de Vacinação, garantindo assim um organismo mais forte, independente da estação do ano”, finaliza.