Atualmente, viver em Curitiba não é fácil para as pessoas com propensão a doenças respiratórias. As variações bruscas de clima e temperatura em um único dia, com termômetros oscilando entre 15ºC e 30ºC, com possibilidade de chuva, sol e neblina no decorrer de um mesmo dia fazem com que a saúde dos curitibanos seja comprometida e fragilizada. De acordo com o infectologista Jaime Rocha, do Laboratório Frischmann Aisengart, essa variação climática que a cidade apresenta facilita as pessoas pré-dispostas a desenvolverem doenças do trato respiratório.
“A grande variação de temperatura que temos vivido em Curitiba pode reduzir a defesa das mucosas respiratórias. Essa oscilação pode deixar a defesa do organismo comprometida e aumentar as chances de contrair um vírus respiratório. Não é algo como causa e consequência, mas existe uma relação direta na transformação do clima e no desenvolvimento de doenças”, explica o infectologista.
Segundo Rocha, existem dois tipos de doenças respiratórias mais propensas a acontecer em locais de clima instável: as imunológicas e as infecciosas. As doenças imunológicas ocorrem quando o sistema imunológico não está funcionando corretamente e, como resultado, as pessoas ficam mais suscetíveis a contrair doenças como a rinite, ou outras de quadro alérgico. Já doenças infecciosas são aquelas, também causadas por vírus ou bactérias, conhecidas como gripes, resfriados e sinusites.
“A mudança de clima durante o dia não causa diretamente nenhum tipo de doença, mas provoca a redução do sistema imunológico e aumenta a propensão a desenvolver alguns sintomas. Tanto as imunológicas quanto as infecciosas podem ter uma relação direta com a variação do clima. Para amenizar essas situações, as pessoas precisam equilibrar a saúde de forma geral, com alimentação saudável, horários regulares e adoção de hábitos saudáveis”, aponta Rocha.
O especialista também lembra que, com a chegada do outono, a ordem é tirar cobertores, mantas, luvas e cachecóis dos armários, e se preparar para a mudança do tempo. O alto índice de doenças respiratórias nesta estação sempre gera confusão quanto ao tipo de doença a se tratar. Quando chega o primeiro espirro, a dúvida aparece. “As diferenças entre resfriados, gripes e outras doenças devem observadas”, finaliza.