Lente de contato requer cuidado redobrado com os olhos

As lentes de contato precisam de cuidados para o manuseio por parte dos pacientes. Para ter ideia, usar de maneira equivocada esta opção aos óculos pode resultar em doenças, das mais simples até as mais graves. Mesmo com todas as orientações, é comum pacientes relatarem desconfortos aos seus médicos oftalmólogos e, em casos mais graves, resultando até em perda de visão. Dr. Renato Tolazzi, médico oftalmologista do IMOF – Instituto Médico Oftalmológico, explica que o cuidado precisa ser constante. “Mesmo com toda a informação disponível, muitos erros são cometidos pelos pacientes. É preciso que eles saibam o quão importante é manusear estas lentes” explica Dr. Tolazzi.
Existem dois tipos de lentes de contato: as corretivas e as cosméticas. Nos dois modelos, o soro fisiológico é fundamental para limpar as lentes e evitar grande parte dos problemas oculares. “É uma assepsia mal realizada que causa desde um ligeiro desconforto até conjuntivites, infecção das pálpebras e ceratites – que são as infecções da córnea -, só para citar alguns problemas.
Dr. Tolazzi diz que a úlcera de córnea é o problema mais grave causado pela falta de limpeza adequada. “A úlcera pode levar à perfuração do globo ocular, transplante de córnea e até mesmo a perda do olho”. O soro fisiológico nada mais é do que uma solução preparada com água destilada e cloreto de sódio, o popular sal. Ou seja, não há na composição nenhum produto bactericida, fungicida ou conservante. Portanto, Dr. Tolazzi alerta que a falta de um asseio constante pode transformar a lente em um habitat para fungos e bactérias.
Como a córnea é o único tecido do corpo sem nenhuma artéria ou veia para sua nutrição, feita exclusivamente por meio de oxigênio que é captado do líquido que está em contato com a parte interna do olho mais o oxigênio da atmosfera, não é indicado abusar do uso das lentes de contato. “Se não seguir as recomendações de uso das lentes, pode ocorrer falta de oxigenação da córnea. Isso é grave. Com a falta de oxigenação, a primeira consequência é a perda da sensibilidade da córnea. O usuário não sente o sintoma de início, e é preciso que um médico oftalmologista examine para detectar. Quando a lente começa a incomodar o usuário, os problemas podem estar bem avançados” alerta Dr. Tolazzi.